ARPADOL

APSEN FARMACEUTICA S/A - 62462015000129 BULA DO MÉDICO

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ARPADOL® Apsen Farmacêutica S.A.

Comprimidos Revestidos 400 mg ARPADOL® Harpagophytum procumbens DC Ex Meissn.

Nomenclatura Botânica Oficial: Harpagophytum procumbens DC Ex Meissn.

Família: Pedaliaceae Parte da Planta Utilizada: Raiz Nomenclatura Popular: Garra do Diabo

APRESENTAÇÕES

Comprimidos revestidos gastrorresistentes de 400 mg. Caixas com 10, 30 e 60 comprimidos.

USO ORAL USO ADULTO COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido gastrorresistente contém:

Harpagophytum procumbens DC Ex Meissn. extrato seco 5% . . . . . . . . 400 mg Excipientes q.s.p . . . . . . . . 1 comprimido Excipientes: celulose microcristalina, povidona, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, dióxido de silício, hipromelose, macrogol, acetoftalato de polivinila, corante óxido de ferro amarelo e dióxido de titânio Correspondência em marcador:

400 mg de Harpagophytum procumbens DC Ex Meissn. extrato seco 5% corresponde a 20 mg de harpagosídeo.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES Este medicamento é indicado no tratamento de quadros reumatológicos, tais como artrites e artroses, assim como no tratamento de lombalgias, mialgias e demais dores osteomioarticulares.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Estudos clínicos mostraram que Harpagophytum procumbens DC Ex Meissn. é eficaz como anti-inflamatório e analgésico no tratamento de quadros reumatológicos, tais como artrites e artroses, lombalgias, mialgias e outros quadros osteomioarticulares.

Estudos clínicos realizados com Harpagophytum procumbens Num estudo piloto, 100 pacientes portadores de dores reumatológicas receberam aleatoriamente 2.460 mg (30 mg de harpagosídeo) de extrato de Harpagophytum procumbens 3 vezes ao dia (grupo HP) ou placebo (grupo P).

1 Depois de 30 dias de tratamento, somente 6 pacientes tinham dores moderadas no grupo HP e 32 no grupo P.

Somente 1 paciente do grupo HP referia dores intensas enquanto 9 referiam dores intensas no grupo P. Os efeitos adversos foram diarreia (1 paciente no grupo HP) gastrite leve (1 paciente no grupo P). (CHRUBASIK, S. & EISENBERG, E. Treatment of rheumatic pain with kampo medicine in Europe. Part 1. Harpagophytum procumbens. Pain clinic, 11(3): 171-178, 1999) Em um estudo duplo-cego, 50 portadores de artrose foram tratados por 3 semanas com 400 mg de extrato hidroetanólico de Harpagophytum procumbens (1,5% de iridoides), sendo tomadas 2 cápsulas 3 vezes ao dia.

Depois de 10 dias, o extrato diminuiu significantemente a intensidade da dor. O progresso foi mais frequente em casos moderados do que em casos graves. (LONG. L.; SOEKEN, K. & ERNST, E. Herbal medicines for the treatment of osteoarthritis: a systematic review. Rheumatology, 40: 779-793, 2001) Em um estudo duplo-cego, 118 pacientes portadores de dor lombar crônica agudizada receberam 2.400 mg de extrato de Harpagophytum (2 comprimidos de 400 mg três vezes ao dia, que corresponde a 50 mg de harpagosídeo) por dia ou placebo. Depois de 4 semanas de tratamento, o percentual de alteração no Índice de dor lombar de Arhus foi de 20% no grupo com Harpagophytum e de 8% no grupo placebo. Nove dos 54 pacientes que receberam o extrato (num total de 16,7%) ficaram durante as 4 semanas de tratamento completamente sem dor quando comparados com 1 paciente (2%) no grupo placebo (CHRUBASIK, S.; ZIMPFER, CH.; SCHÜTT, U. & ZIEGLER, R. Effectiveness of Harpagophytum procumbens in treatment of acute low back pain.

Phytomedicine, 3(1): 1-10, 1996).

Em um estudo compreendendo 102 portadores de dor lombar crônica, os efeitos do extrato de Harpagophytum procumbens na dose de 1.800 mg (30 mg de harpagosídeo) ao dia (2 cápsulas 3 vezes ao dia), foram comparados aos efeitos do tratamento convencional (anti-inflamatórios não esteroidais, exercícios físicos e injeções paravertebrais). Quatro semanas depois do tratamento, o Índice de Arhus aumentou em ambos os grupos em torno de 20%, mas diminuiu significantemente no decorrer da 4ª para a 6ª semana de tratamento, evidenciando um progresso de mais de 30%; o número de pacientes sem dores depois da 4ª e 6ª semanas foi de 16 e 20 pacientes para o grupo do Harpagophytum e 12 e 23 pacientes para o grupo recebendo tratamento convencional, respectivamente. O custo relativo do tratamento com extrato de Harpagophytum foi 2/3 (dois terços) inferior ao tratamento convencional. Os pacientes que receberam tratamento com Harpagophytum eram mais velhos, apresentavam múltiplas comorbidades e tinham duração da dor lombar mais longa do que os pacientes que receberam tratamento convencional; no entanto o Índice de Arhus não era diferente entre os grupos antes do tratamento. (CHRUBASIK, S. & EISENBERG, E. Treatment of rheumatic pain with kampo medicine in Europe.

Part 1. Harpagophytum procumbens. Pain clinic, 11(3): 171-178, 1999).

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica A planta Harpagophytum procumbens, uma planta originária do deserto de Kalaari e estepes da Namíbia, no sudoeste da África, tem atividade anti-inflamatória demonstrada em animais e em estudos clínicos.

Grupos indígenas africanos San, Khoi e Bantu há muito tempo utilizam o Harpagophytum procumbens para inúmeras condições clínicas, como no tratamento de artrite e da artrose, por seus efeitos analgésicos e anti- 2 inflamatórios. Embora a descrição das primeiras coletas da planta tenha sido realizada por europeus em 1820, as propriedades medicinais do Harpagophytum procumbens foram descritas somente em 1907, por G.H. Mehnert, que havia aprendido o seu uso com a população indígena. Hoje o Harpagophytum procumbens consta na European Pharmacopoeia para o tratamento de reumatismo e artrites.

Em 2005, Stewart, do Instituto de Etnobotânica Aplicada (Pompano Beach, Flórida, EUA) e Cole, do Centro para Pesquisa de Informações e Ações na África – para Consultoria e Desenvolvimento da África, publicaram uma revisão sobre o Harpagophytum proccumbens. Os autores relatam que os produtos a base de Harpagophytum têm sido utilizados como alternativa ao uso dos anti-inflamatórios não esteroides, por seu perfil extremamente favorável, com poucos efeitos adversos, especialmente com o uso prolongado.

O maior constituinte químico contido nos tubérculos secundários é o harpagosídeo, que mostrou ter ação na inibição da síntese de leucotrienos e parece estar relacionado com a inibição da lipoxigenase; in vitro, extratos preparados a partir dos tubérculos foram capazes de suprimir a produção de metaloproteases induzida por interleucina em condrócitos humanos, inibir a liberação de citocinas e de prostaglandina (PG) E2 induzidas por lipopolisaccáride (LPS) em monócitos humanos e suprimir a síntese de PGE2 e a produção de óxido nítrico (NO) por inibir o aumento da expressão de COX2 e de iNOS em uma linhagem de células murinas de fibrossarcoma.

Alguns estudos sugerem que vários compostos podem agir sinergicamente para produzir os resultados clínicos e que extratos que contenham outros constituintes dos tubérculos secundários podem ser mais efetivos que extratos com harpagosídeo e harpagídeo isolados. Os efeitos anti-inflamatórios parecem ser mais consistentes com o uso crônico do que com o uso agudo.

Farmacocinética:

a) Propriedades físicoquímicas e farmacocinética Comprimidos revestidos contendo 200 mg de um extrato padronizado (WS 1531) com no mínimo de 5% de harpagosídeo foi testado em dissolução em fluido de simulação gástrica (FSG) e em fluido de simulação intestinal (FSI). O harpagosídeo apresentou meia-vida de 13,5 minutos no FSG; após 2,5 horas no mesmo fluido o harpagosídeo apresentou degradação de 20%, mas não foi afetado na presença do FSI, sugerindo a necessidade de um revestimento entérico para as formulações.

Um estudo de farmacocinética com voluntários sadios determinou que a meia-vida do harpagosídeo situa-se entre 3,7 e 6,4 horas, com um clearance renal de 15L/ min; a concentração plasmática máxima (Cmax) é atingida em 1,5 a 3 horas. Um segundo pico foi observado depois de 7 horas, sugerindo um ciclo entero-hepático.

4. CONTRAINDICAÇÕES Nos casos de hipersensibilidade ao Harpagophytum procumbens DC Ex Meissn. ou aos componentes da formulação do produto.

O medicamento não deve ser usado por pacientes que apresentam úlceras gástricas ou duodenais, síndrome do intestino irritável ou litíase biliar.

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5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Pacientes portadores de doenças cardíacas e que fazem uso de medicamentos anti-hipertensivos devem ter cuidado com a ingestão de doses excessivas de ARPADOL®, pois o Harpagophytum procumbens pode afetar a frequência cardíaca e a pressão arterial.

Como o Harpagophytum procumbens pode aumentar a produção da bile, pacientes com doenças nas vias biliares devem perguntar ao seu médico se podem fazer uso de ARPADOL®.

Apesar da falta de estudos em seres humanos, estudos mostraram que um extrato aquoso de tubérculos secundários reduziu a glicemia de roedores diabéticos. Por essa razão, pacientes diabéticos devem estar atentos a uma possível ação hipoglicemiante.

O Harpagophytum procumbens DC Ex Meissn. está classificado na categoria C de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgiãodentista.

Amamentação O médico deve avaliar o risco/benefício do uso de ARPADOL® durante a amamentação. Não se sabe se a droga é excretada no leite materno.

Idosos As doses e cuidados para os pacientes idosos são os mesmos que aqueles recomendados para os adultos, devendo haver o acompanhamento médico.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interações medicamentos - exames laboratoriais Não há relato de interferência do Harpagophytum procumbens DC Ex Meissn. com os resultados de exames laboratoriais.

Interações medicamentos - medicamentos Possíveis interações com drogas antiarrítmicas e anti-hipertensivas não podem ser excluídas. Podem ocorrer também interações com drogas antidiabéticas, por causa do possível efeito hipoglicemiante do Harpagophytum procumbens.

Medicamentos metabolizados pelo citocromo P450 2C19 (CYP2C19, tais como omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, diazepam, carisoprodol e nelfinavir, entre outros), pelo CYP2C9 (tais como diclofenaco, ibuprofeno, meloxicam, piroxicam, celecoxibe, amitriptilina, varfarina, glipizida e losartana, entre outros) e pelo CYP3A4 (tais como lovastatina, cetoconazol, itraconazol, fexofenadina e triazolam, entre outros) podem sofrer interação com o Harpagophytum procumbens.

4 Devido à citação de que o Harpagophytum procumbens DC Ex Meissn. pode aumentar a acidez gástrica, existe a possibilidade da diminuição da efetividade de antiácidos, inibidores da bomba de prótons e bloqueadores H2;

púrpura foi relatada em um paciente após administração conjunta de varfarina e Harpagophytum procumbens DC Ex Meissn.. Por essa razão, uma avaliação cuidadosa dessa associação e mesmo ajuste da dose da varfarina podem ser necessários.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

ARPADOL® deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC), protegido da luz e da umidade.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Os comprimidos revestidos de ARPADOL® são de coloração bege, oblongos em forma de bastão com chanfro.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

O produto ARPADOL® é apresentado na forma de comprimidos revestidos gastrorresistentes de 400 mg.

A posologia de ARPADOL® é de 1 comprimido administrado por via oral, 3 vezes ao dia, ou seja, de 8 em 8 horas, após a ingestão de alimento.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS Uma revisão sistemática da segurança de preparações contendo Harpagophytum procumbens avaliou 20 estudos clínicos que descreviam os eventos adversos emergentes com o tratamento. Em nenhum dos estudos duplo-cegos avaliados, a incidência de eventos adversos durante o tratamento com Harpagophytum procumbens foi maior que a incidência de eventos adversos observada no grupo placebo. Eventos adversos menores ocorreram em aproximadamente 3% dos pacientes, principalmente eventos adversos gastrointestinais (dor abdominal, vômito, flatulência, dispepsia), perda do paladar e alergias.

Em um estudo clínico, o evento adverso mais comum foi a diarreia, que ocorreu em 8% dos pacientes e diminui espontaneamente após o 2-3º dia de tratamento. Outros eventos adversos descritos foram cefaleia e zumbido.

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

5 10. SUPERDOSE Uma superdose pode causar transtornos hepáticos.

Em caso de ingestão acidental de uma grande quantidade deste medicamento de uma só vez, o médico deverá ser contatado urgentemente ou o paciente deverá ser encaminhado ao pronto atendimento mais próximo para receber socorro médico, com a realização da lavagem gástrica.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS

Reg. MS nº 1.0118.0606 Farmacêutico Responsável: Rodrigo de Morais Vaz CRF SP nº 39282

APSEN FARMACÊUTICA S/A

Rua La Paz, nº 37/67- Santo Amaro CEP 04755-020 – São Paulo – SP CNPJ 62.462.015/0001-29 Indústria Brasileira Centro de Atendimento ao Cliente 0800 016 5678

LIGAÇÃO GRATUITA

[email protected] www.apsen.com.br ®Marca registrada de Apsen Farmacêutica S.A.

SIGA CORRETAMENTE O MODO DE USAR, NÃO DESAPARECENDO OS SINTOMAS PROCURE ORIENTAÇÃO MÉDICA

Arpadol_com_rev_VPS_06 Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 03/07/2023 6

HISTÓRICO DE ALTERAÇÃO DA BULA1

Dados da submissão eletrônica Data do Número do expediente expediente Assunto Dados da petição/ Notificação que altera a bula Data do Número do expediente expediente Dados das alterações de bulas Data da Assunto aprovação Itens de bula2 Versões Apresentações (VP/VPS)3 relacionadas4

VP DIZERES LEGAIS COMPOSIÇÃO

– 10453 - 02.Como este Notificação de Alteração de 03/07/2023 - Texto de Bula - 400 medicamento - - -

VP e VPS

400 mg publicação no 04. O que devo saber comprimidos Bulário RDC antes de utilizar esse 400 60/122 medicamento?

VPS DIZERES LEGAIS COMPOSIÇÃO

x 10 x 30 x 60 comprimidos funciona?

- mg mg comprimidos 02.Resultados de Eficácia 04. Contraindicações 05.Advertências e Precauções 06.Interações medicamentosas

VP

Dizeres legais

MEDICAMENTO FITOTERÁPICO

– 10453 - - Alteração de Texto de Bula publicação no Bulário RDC 60/122 10/09/2021 3576028/21-1 categoria de venda 30/03/2022 04. O que devo saber antes de utilizar esse medicamento?

06. Como devo usar esse medicamento?

mg x 10 x 30 x 60 comprimidos indicado - Solicitação de alteração de 400 medicamento é

FITOTERÁPICO

Notificação de 28/04/2022 01.Para que este 11183 -

VP e VPS

400 mg comprimidos 400 mg comprimidos

VPS

Dizeres legais 10460 MEDICAMENTO FITOTERÁPICO Inclusão Inicial de 06/08/2021 - Texto de Bula - - - - - N/A N/A N/A publicação no Bulário RDC 60/12 1 Informar os dados relacionados a cada alteração de bula que acontecer em uma nova linha. Eles podem estar relacionados a uma notificação, a uma petição de alteração de texto de bula ou a uma petição de pós-registro ou renovação. No caso de uma notificação, os Dados da Submissão Eletrônica correspondem aos Dados da petição/notificação que altera bula, pois apenas o procedimento eletrônico passou a ser requerido após a inclusão das bulas no Bulário. Como a empresa não terá o número de expediente antes do peticionamento, deve-se deixar em branco estas informações no Histórico de Alteração de Bula. Mas elas podem ser consultadas na página de resultados do Bulário e deverão ser incluídos na tabela da próxima alteração de bula.

2 Informar quais Itens de Bula foram alterados, conforme a RDC 47/09 (anexo I da Bula para o Paciente e/ou para o Profissional de Saúde).

3 Informar se a alteração está relacionada às versões de Bulas para o Paciente (VP) e/ou de Bulas para o Profissional de Saúde (VPS).