Diovan® (valsartana) Novartis Biociências SA comprimidos revestidos 40 mg, 80 mg, 160 mg e 320 mg Bula Profissional ®
DIOVAN
valsartana
APRESENTAÇÕES
Diovan® 40 mg: embalagem com 28 comprimidos revestidos.
Diovan® 80 mg: embalagem com 28 comprimidos revestidos.
Diovan® 160 mg ou 320 mg: embalagem com 14 e 28 comprimidos revestidos.
VIA ORAL USO ADULTO COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de Diovan® contém: 40 mg, 80 mg, 160 mg ou 320 mg de valsartana.
Excipientes: celulose microcristalina, crospovidona, dióxido de silício, estearato de magnésio, hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, óxido de ferro vermelho, óxido de ferro amarelo e óxido de ferro preto (nos comprimidos de 40 mg, 160 mg e 320 mg).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
1. INDICAÇÕES Tratamento da hipertensão arterial.
Tratamento de insuficiência cardíaca (classes II a IV da NYHA) em pacientes recebendo tratamento padrão tais como diuréticos, digitálicos e também inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA) ou betabloqueadores, mas não ambos; a presença de todas estas terapêuticas padronizadas não é obrigatória.
Diovan® melhora a morbidade nesses pacientes, principalmente através da redução da hospitalização por insuficiência cardíaca. Diovan® retarda também a progressão da insuficiência cardíaca, melhora a classe funcional da NYHA, a fração de ejeção, os sinais e sintomas da insuficiência cardíaca e melhora a qualidade de vida versus o placebo (vide “Características farmacológicas”).
Diovan® é indicado para melhorar a sobrevida após infarto do miocárdio em pacientes clinicamente estáveis com sinais, sintomas ou evidência radiológica de insuficiência ventricular esquerda e/ou com disfunção sistólica ventricular esquerda (vide “Características farmacológicas”).
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Hipertensão A administração de Diovan® em pacientes com hipertensão ocasiona redução da pressão arterial sem alterar a frequência cardíaca.
Na maioria dos pacientes, após a administração de uma dose oral única, o início da atividade anti-hipertensiva ocorre dentro de duas horas e o pico de redução da pressão arterial é atingido em 4 – 6 horas. O efeito anti-hipertensivo persiste por 24 horas após a administração. Durante administrações repetidas, a redução máxima da pressão arterial com qualquer dose é geralmente atingida em 2 – 4 semanas e se mantém durante a terapêutica a longo prazo. Em associação com hidroclorotiazida, obtém-se uma redução adicional significativa na pressão arterial.
A retirada abrupta de Diovan® não foi associada com hipertensão de rebote ou outro efeito clínico adverso.
Em estudos de doses múltiplas em pacientes hipertensos, valsartana não demonstrou efeitos significativos sobre as dosagens do colesterol total, dos triglicérides em jejum, da glicemia de jejum ou do ácido úrico.
Insuficiência cardíaca Hemodinâmica e neuro-hormônios A hemodinâmica e os neuro-hormônios plasmáticos foram medidos em pacientes com insuficiência cardíaca classe II – IV da NYHA (New York Heart Association) com pressão capilar pulmonar > 15 mmHg em 2 estudos de tratamento crônico de curta duração. Em um estudo, que incluiu pacientes cronicamente tratados com inibidores da ECA, doses únicas e múltiplas de valsartana administradas em combinação com inibidores da ECA melhoraram a hemodinâmica, incluindo a pressão capilar pulmonar (PCP), a pressão diastólica da artéria pulmonar (PDAP) e a pressão arterial sistólica (PAS). Foi observada uma redução nos níveis da aldosterona plasmática (AP) e da noradrenalina plasmática (NP) após 28 dias de tratamento. No segundo estudo, que incluiu somente pacientes não tratados com inibidores da ECA por pelo menos 6 meses antes da inclusão, a valsartana melhorou significativamente a PCP, a resistência vascular sistêmica (RVS), o débito cardíaco (DC) e a PAS após 28 dias de tratamento. No estudo a longo prazo Val-HeFT, a noradrenalina plasmática VPS17 = Diovan_Bula_Profissional e o peptídeo cerebral natriurético (PCN) foram significativamente reduzidos em relação à fase inicial no grupo valsartana quando comparado ao placebo.
Morbidade e mortalidade O Val-HeFT foi um estudo multinacional, randomizado e controlado em que se comparou valsartana ao placebo na morbidade e mortalidade de pacientes com insuficiência cardíaca classe II (62%), III (36%) e IV (2%) da NYHA recebendo terapêutica usual com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) < 40% e diâmetro diastólico interno do ventrículo esquerdo (DDIVE) > 2,9 cm/m2. Foram incluídos 5.010 pacientes no estudo em 16 países, que foram randomizados para receber valsartana ou placebo em adição a todas as outras terapêuticas apropriadas incluindo os inibidores da ECA (93%), os diuréticos (86%), a digoxina (67%) e os betabloqueadores (36%). A duração média do acompanhamento foi de aproximadamente dois anos. A dose média diária de Diovan® no estudo Val-HeFT foi de 254 mg. O estudo teve 2 desfechos primários: mortalidade por todas as causas (tempo até o óbito) e a morbidade da insuficiência cardíaca (tempo até o primeiro evento mórbido) definido como morte, morte súbita com ressuscitação, hospitalização por insuficiência cardíaca, ou administração intravenosa de medicamentos inotrópicos ou vasodilatadores por quatro horas ou mais sem hospitalização. Mortalidade por todas as causas foi similar nos grupos tratados com valsartana e com placebo. A morbidade foi significativamente reduzida em 13,2% com a valsartana comparada ao placebo. O principal benefício foi uma redução de 27,5% no risco para o tempo até a primeira hospitalização por insuficiência cardíaca. Os maiores benefícios foram nos pacientes que não estavam recebendo um inibidor da ECA ou um betabloqueador. Entretanto, reduções de risco favorecendo o placebo foram observadas para aqueles pacientes tratados com a tripla combinação de um betabloqueador, um inibidor da ECA e valsartana. Estudos adicionais como o VALIANT (vide “Pós-infarto do miocárdio”), nos quais a mortalidade não foi aumentada nesses pacientes, reduziram as preocupações em relação à tripla combinação.
Capacidade e tolerância ao exercício Os efeitos da valsartana em adição à terapêutica usual da insuficiência cardíaca na tolerância ao exercício usando o Protocolo Modificado de Naughton foram medidos em pacientes com insuficiência cardíaca das classes II – IV da NYHA com disfunção ventricular esquerda (FEVE ≤ 40%). O aumento do tempo de exercício em relação à fase inicial foi observado para todos os grupos do tratamento. Aumentos médios maiores em relação à fase inicial no tempo de exercício foram observados para o grupo valsartana comparado ao grupo placebo, embora não tenha atingido significância estatística. As melhoras mais importantes foram observadas no subgrupo dos pacientes que não estavam recebendo terapêutica com inibidor da ECA, nos quais as variações médias no tempo de exercício foram 2 vezes maiores para o grupo valsartana comparado ao grupo placebo. Os efeitos da valsartana comparados aos do enalapril na capacidade ao exercício utilizando o teste da caminhada de seis minutos foram determinados nos pacientes com insuficiência cardíaca classes II e III da NYHA e com fração de ejeção do ventrículo esquerdo ≤ 45% que estavam recebendo terapêutica com inibidor da ECA por, pelo menos, 3 meses antes do início do estudo. A valsartana de 80 mg a 160 mg uma vez ao dia foi tão eficaz quanto enalapril de 5 mg a 10 mg duas vezes ao dia, com referência à capacidade ao exercício, conforme avaliado pelo teste da caminhada dos seis minutos nos pacientes estabilizados previamente com inibidores da ECA e diretamente substituídos para valsartana ou enalapril.
Classe da NYHA, sinais e sintomas, qualidade de vida e fração de ejeção No estudo clínico Val-HeFT, os pacientes tratados com valsartana demonstraram uma melhora significativa na classe da NYHA e nos sinais e sintomas de insuficiência cardíaca, incluindo dispneia, fadiga, edema e estertores em comparação ao placebo. Os pacientes tratados com valsartana tiveram uma melhor qualidade de vida como demonstrado pelas mudanças na pontuação do questionário “Minnesota Living with Heart Failure Quality of Life” em relação ao placebo. A fração de ejeção em pacientes tratados com valsartana aumentou significativamente e o DDIVE foi reduzido significativamente no desfecho em relação à fase inicial quando comparado ao placebo.
Pós-infarto do miocárdio O estudo de valsartana no infarto agudo do miocárdio (VALIANT) foi randomizado, controlado, multinacional e duplocego em 14.703 pacientes com infarto do miocárdio agudo e sinais, sintomas ou evidência radiológica de insuficiência cardíaca congestiva e/ou evidência de disfunção sistólica do ventrículo esquerdo (manifestado como uma fração de ejeção ≤ 40% por ventriculografia por radionuclídeos ou ≤ 35% por ecocardiografia ou angiografia ventricular de contraste). Os pacientes foram randomizados dentro de 12 horas a 10 dias após o início dos sintomas de infarto do miocárdio em um dos três grupos de tratamento: valsartana (titulada a partir de 20 mg duas vezes ao dia para a maior dose tolerada até um máximo de 160 mg duas vezes ao dia), o inibidor de ECA captopril (titulado a partir de 6,25 mg três vezes ao dia para a maior dose tolerada até um máximo de 50 mg três vezes ao dia) ou a combinação de valsartana mais captopril. No grupo de combinação, a dose de valsartana foi titulada a partir de 20 mg duas vezes ao dia para a maior dose tolerada até um VPS17 = Diovan_Bula_Profissional máximo de 80 mg duas vezes ao dia; a dose de captopril foi a mesma para monoterapia. A duração média do tratamento foi de dois anos. A dose diária média de Diovan® no grupo de monoterapia foi de 217 mg. A terapêutica basal incluiu ácido acetilsalicílico (91%), betabloqueadores (70%), inibidores da ECA (40%), trombolíticos (35%) e estatinas (34%).
A população estudada foi de 69% de homens, 94% de caucasianos e 53% com 65 anos de idade ou mais velhos. O desfecho primário foi o tempo para a mortalidade por todas as causas.
A valsartana foi pelo menos tão efetiva quanto o captopril na redução da mortalidade por todas as causas pós-infarto do miocárdio. A mortalidade por todas as causas foi similar nos grupos de valsartana (19,9%), captopril (19,5%) e valsartana + captopril (19,3%). A valsartana foi também efetiva na prolongação do tempo para redução da mortalidade cardiovascular, hospitalização por insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio recorrente, parada cardíaca ressuscitada e em acidente vascular cerebral não fatal (desfecho composto secundário).
Uma vez que este foi um estudo com um controle ativo (captopril), uma análise adicional da mortalidade por todas as causas foi realizada para estimar o quanto a valsartana desempenhou versus placebo. Usando os resultados das referências prévias dos estudos do infarto do miocárdio – SAVE, AIRE e TRACE – o efeito estimado da valsartana preservou 99,6% do efeito do captopril (IC de 97,5% = 60 – 139%). Combinar valsartana com captopril não adicionou mais benefícios sobre o captopril isolado. Não houve diferença na mortalidade por todas as causas com base na idade, sexo, raça, terapêuticas basais ou doença de base.
Não houve diferença na mortalidade por todas as causas ou mortalidade cardiovascular ou morbidade quando betabloqueadores foram administrados juntos com a combinação de valsartana + captopril, valsartana isolada ou captopril isolado. Independentemente do tratamento do medicamento estudado, a mortalidade foi maior no grupo de pacientes não tratados com um betabloqueador, sugerindo que o conhecido benefício do betabloqueador nesta população foi mantido neste estudo. Além disto, os benefícios do tratamento da combinação de valsartana + captopril, monoterapia de valsartana e monoterapia de captopril foram mantidos em pacientes tratados com betabloqueadores.
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20. Diovan®, (Valsartan) 40 mg, 80 mg and 160 mg film-coated tablets, Congestive Heart Failure. Expert Report on the clinical documentation, Novartis Pharma AG, Basel, Switzerland. 20-Apr-01.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Grupo farmacoterapêutico: bloqueadores do receptor da angiotensina II simples. Código ATC: C09CA03.
Farmacodinâmica O hormônio ativo do SRAA é a angiotensina II, formada a partir da angiotensina I pela ECA. A angiotensina II se liga a receptores específicos localizados na membrana das células de vários tecidos, exercendo diversos efeitos fisiológicos, inclusive, em particular, no envolvimento direto e indireto na regulação da pressão arterial. Como um potente vasoconstritor, a angiotensina II exerce uma resposta pressora direta. Além disso, promove retenção de sódio e estimulação da secreção de aldosterona.
VPS17 = Diovan_Bula_Profissional Diovan® (valsartana) é um potente e específico antagonista dos receptores de angiotensina II (Ang II) ativo por via oral.
Ele atua seletivamente no receptor subtipo AT1, responsável pelas conhecidas ações da angiotensina II. As concentrações plasmáticas aumentadas de Ang II seguindo-se ao bloqueio do receptor AT1 com valsartana pode estimular o receptor AT2 não bloqueado, o que parece contrabalançar o efeito do receptor AT1. A valsartana não apresenta atividade agonista parcial sobre os receptores AT1 e tem afinidade muito maior (cerca de 20.000 vezes) para com receptores AT1 do que para com receptores AT2.
A valsartana não inibe a ECA, também conhecida como cininase II, que converte Ang I em Ang II e degrada a bradicinina.
Uma vez que não existe efeito sobre a ECA e nenhuma potencialização da bradicinina ou substância P, é improvável que os antagonistas de angiotensina II estejam associados à tosse. Em estudos clínicos em que a valsartana foi comparada aos inibidores da ECA, a incidência de tosse seca foi significativamente menor (P < 0,05) em pacientes tratados com valsartana do que naqueles tratados com inibidores da ECA (2,6% versus 7,9%, respectivamente). Em um estudo clínico em pacientes com história de tosse seca durante terapêutica com inibidores da ECA, 19,5% dos pacientes que recebiam valsartana e 19,0% desses que recebiam um diurético tiazídico apresentaram episódios de tosse, comparados a 68,5% daqueles tratados com inibidores da ECA (P < 0,05). A valsartana não se liga ou bloqueia outros receptores hormonais ou canais de íons conhecidos, importantes na regulação cardiovascular.
Farmacocinética - Absorção Após a administração oral de valsartana isolada, o pico da concentração plasmática da valsartana é atingido em 2-4 horas.
A biodisponibilidade absoluta média é de 23%. Quando a valsartana é administrada com alimentos, a área sob a curva de concentração plasmática (AUC) de valsartana sofre redução de 48%, embora cerca de 8 horas após a administração, as concentrações plasmáticas de valsartana sejam similares em pacientes que ingeriram o produto em jejum ou com alimentos. Entretanto, esta redução da AUC não se acompanha de redução clinicamente significativa nos efeitos terapêuticos, podendo a valsartana ser administrada com ou sem alimentos.
- Distribuição O volume de distribuição no steady-state (estado de equilíbrio) da valsartana após administração intravenosa, é cerca de 17 litros, indicando que a valsartana não é distribuída extensivamente pelos tecidos. A valsartana tem alta taxa de ligação às proteínas séricas (94 – 97%), principalmente à albumina sérica.
- Biotransformação A valsartana não é biotransformada em grande extensão uma vez que apenas cerca de 20% da dose é recuperada como metabólitos. Um metabólito hidróxi foi identificado no plasma em baixas concentrações (menos de 10% da AUC de valsartana). Este metabólito é farmacologicamente inativo.
- Eliminação A valsartana apresenta um decaimento cinético multiexponencial (t1/2 α < 1h e t1/2 β cerca de 9 h). A valsartana é eliminada principalmente nas fezes (cerca de 83% da dose) e urina (cerca de 13% da dose), principalmente como fármaco inalterado.
Após administração intravenosa, o clearance (depuração) plasmático da valsartana é cerca de 2 L/h e seu clearance (depuração) renal é de 0,62 L/h (cerca de 30% do clearance total). A meia-vida da valsartana é de 6 horas.
A farmacocinética de valsartana é linear no intervalo de dose testada. Não ocorrem alterações na cinética de valsartana em administrações repetidas e há pouco acúmulo quando administrado uma vez ao dia. As concentrações plasmáticas observadas foram similares em homens e mulheres.
O tempo médio para o pico de concentração e a meia-vida de eliminação da valsartana em pacientes com insuficiência cardíaca é similar ao observado em pacientes sadios. Os valores AUC e Cmáx da valsartana aumentam linearmente e são praticamente proporcionais com o aumento da dose dentro da faixa clínica (40 a 160 mg duas vezes ao dia). O fator de acumulação médio é aproximadamente 1,7. O clearance (depuração) aparente da valsartana após uma administração oral é aproximadamente 4,5 L/h. A idade não afeta o clearance (depuração) aparente em pacientes com insuficiência cardíaca.
Populações especiais de pacientes - Pacientes geriátricos (65 anos ou acima) Maior exposição sistêmica à valsartana foi observada em indivíduos idosos comparados com indivíduos jovens;
entretanto, isso não apresentou nenhum significado clínico.
VPS17 = Diovan_Bula_Profissional - Insuficiência renal Como esperado para um composto no qual o clearance (depuração) renal contribui com apenas 30% do clearance (depuração) plasmático total, não existe correlação entre a função renal e a exposição sistêmica à valsartana. Portanto, não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal. Nenhum estudo foi realizado em pacientes sob diálise. No entanto, valsartana possui alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas, sendo improvável sua remoção por diálise.
- Insuficiência hepática Cerca de 70% da dose absorvida é excretada na bile, principalmente como composto inalterado. A valsartana não sofre biotransformação extensiva e, como esperado, a exposição sistêmica à valsartana não se relaciona com o grau de disfunção hepática. Portanto, nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência hepática de origem não biliar e sem colestase. Observou-se que a AUC da valsartana é aproximadamente o dobro em pacientes com cirrose biliar ou obstrução biliar (vide “Advertências e precauções”).
Dados de segurança pré-clínicos Dados pré-clínicos não revelaram riscos especiais para humanos, baseados em estudos convencionais de segurança farmacológica, genotoxicidade, potencial carcinogênico e efeitos na fertilidade.
Segurança farmacológica e toxicidade de longo prazo: Em diversos estudos pré-clínicos de segurança realizados com várias espécies de animais, não houve resultados que excluem o uso de doses terapêuticas de valsartana em humanos. Em estudos de segurança pré-clínicos, altas doses de valsartana (200 a 600 mg/kg/dia de peso corporal) em ratos, causou uma redução dos parâmetros dos glóbulos vermelhos (eritrócitos, hemoglobina, hematócrito) e evidência de alterações na hemodinâmica renal (nitrogênio na ureia levemente aumentado no sangue, hiperplasia tubular renal e basofilia nos machos). Estas doses em ratos (200 e 600 mg/kg/dia) são aproximadamente 6 e 18 vezes a dose humana máxima recomendada com base em mg/m2 (cálculos assumem uma dose oral de 320 mg/dia e um paciente de 60 kg). Em macacos saguis, em doses comparáveis, as alterações foram semelhantes, embora mais graves, particularmente nos rins onde as alterações desenvolveram para uma nefropatia, incluindo aumento no sangue de nitrogênio na ureia e creatinina. A hipertrofia das células justaglomerulares renais também foi observada em ambas as espécies. Todas as alterações foram consideradas como sendo causadas pela ação farmacológica da valsartana, que produziu hipotensão prolongada, particularmente nos macacos saguis. Para doses terapêuticas de valsartana em humanos, a hipertrofia das células justaglomerulares renais não parece ter qualquer relevância.
Toxicidade reprodutiva: Valsartana não apresentou reações adversas sobre o desempenho reprodutivo de ratos machos ou fêmeas com doses orais de até 200 mg/kg/dia, aproximadamente 6 vezes a dose humana máxima recomendada numa base de mg/m2 (os cálculos assumem uma dose oral de 320 mg/dia em um paciente de 60 kg).
Mutagenicidade: A valsartana foi isenta de potencial mutagênico em estudos de genotoxicidade, quer ao nível do gene ou cromossomo, quando investigada em vários padrões in vitro e in vivo.
Carcinogenicidade: Não houve evidência de carcinogenicidade quando a valsartana foi administrada na dieta a camundongos e ratos por 2 anos em doses de até 160 e 200 mg/kg/dia, respectivamente.
4. CONTRAINDICAÇÕES Hipersensibilidade conhecida à valsartana ou a qualquer dos excipientes de Diovan® (vide “Composição”).
Uso concomitante de bloqueadores de receptores de angiotensina – incluindo Diovan® – ou inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs) com alisquireno em pacientes com diabetes tipo 2 (vide “Interações medicamentosas – Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina (SRA) com BRA`s, IECAs ou alisquireno”).
Este medicamento é contraindicado para uso por lactantes.
Este medicamento é contraindicado durante a gravidez.
Este medicamento pertence à categoria de risco na gravidez D, portanto este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Pacientes com depleção do volume e/ou de sódio Em pacientes com depleção grave de sódio e/ou hipovolemia, como nos que estejam recebendo altas doses de diuréticos, pode ocorrer, em casos raros, hipotensão sintomática após o início da terapêutica com Diovan®. A depleção de sódio e/ou VPS17 = Diovan_Bula_Profissional a hipovolemia devem ser corrigidas antes do início do tratamento com Diovan®, por exemplo, pela redução da dose do diurético.
Se ocorrer hipotensão, manter o paciente em posição supina e, se necessário, administrar uma infusão intravenosa de solução salina fisiológica. O tratamento pode ser continuado, uma vez que a pressão arterial esteja estabilizada.
Pacientes com estenose de artéria renal A administração de Diovan® por curto prazo a doze pacientes com hipertensão renovascular, secundária a estenose de artéria renal unilateral, não induziu qualquer alteração significativa na hemodinâmica renal, na creatinina sérica ou na ureia nitrogenada sanguínea (UNS). No entanto, como os medicamentos que afetam o sistema renina-angiotensinaaldosterona (SRAA) podem aumentar a ureia sanguínea e a creatinina sérica em pacientes com estenose de artéria renal unilateral ou bilateral, recomenda-se a monitoração de ambos parâmetros desses pacientes como medida de segurança.
Pacientes com insuficiência renal Nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência renal. No entanto, não existem dados disponíveis em casos graves [clearance (depuração) de creatinina < 10 mL/min], recomendando-se cautela.
O uso de bloqueadores de receptores de angiotensina – incluindo Diovan® – ou inibidores da ECA juntamente com alisquireno deve ser evitado em pacientes com insuficiência renal grave (TFG < 30 mL/min) (vide “Interações medicamentosas – Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina (SRA) com BRA`s, IECAs ou alisquireno”).
Pacientes com insuficiência hepática Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática. A valsartana é eliminada principalmente como composto inalterado na bile, e pacientes com distúrbios biliares obstrutivos mostraram clearance (depuração) mais baixo de valsartana (vide “Farmacocinética”). Deve-se tomar cuidado especial ao se administrar valsartana a pacientes com distúrbios biliares obstrutivos.
Pacientes com insuficiência cardíaca/Pós-infarto do miocárdio Pacientes com insuficiência cardíaca ou em tratamento do pós-infarto do miocárdio que utilizam Diovan® normalmente apresentam alguma redução na pressão arterial, mas a descontinuação da terapêutica devida a uma hipotensão sintomática persistente não é usualmente necessária quando a posologia correta é seguida.
Cuidados devem ser tomados ao iniciar o tratamento em pacientes com insuficiência cardíaca ou pós-infarto do miocárdio (vide “Posologia e modo de usar”).
Como consequência da inibição do SRAA, alterações na função renal podem ser antecipadas em indivíduos suscetíveis.
Nos pacientes com insuficiência cardíaca grave, cuja função renal pode depender da atividade do SRAA, o tratamento com inibidores da ECA ou com antagonistas do receptor da angiotensina foi associado à oligúria e/ou azotemia e (raramente) com insuficiência renal aguda e/ou morte. A avaliação dos pacientes com insuficiência cardíaca ou pós-infarto do miocárdio deve sempre incluir a avaliação da função renal.
Em pacientes com insuficiência cardíaca, cuidados devem ser tomados com a tripla combinação de um inibidor da ECA, de um betabloqueador e valsartana (vide “Características farmacológicas”).
Para pacientes com infarto do miocárdio recente, a combinação de captopril e valsartana não demonstrou nenhum benefício clínico adicional, porém demonstraram um aumento no risco dos efeitos adversos comparado à monoterapia.
Portanto, esta combinação não é recomendada para pacientes com infarto do miocárdio recente, ao contrário da monoterapia com Diovan®, que é indicado para melhorar a sobrevida após infarto do miocárdio em pacientes clinicamente estáveis (vide “Indicações”).
Angioedema Em pacientes tratados com valsartana tem sido reportado angioedema, incluindo inchaço de laringe e glote, levando a obstrução das vias áreas e/ou inchaço de face, lábios, faringe e/ou língua. Alguns destes pacientes apresentaram previamente angioedema com outros fármacos, incluindo inibidores da ECA. Diovan® deve ser imediatamente descontinuado em pacientes que desenvolverem angioedema, e não deve ser readministrado.
Duplo Bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA) É necessário precaução na coadministração de bloqueadores de receptores de angiotensina (BRAs), incluindo Diovan®, com outros agentes inibidores do sistema renina-angiotensina, como IECAs ou alisquireno.
VPS17 = Diovan_Bula_Profissional Gravidez Sumário de risco Como qualquer fármaco que atua diretamente sobre o SRAA, Diovan® não deve ser usado durante a gravidez (vide “Contraindicações”). Devido ao mecanismo de ação dos antagonistas de angiotensina II, o risco para o feto não deve ser excluído. Em exposição in utero a inibidores da ECA (uma classe específica de medicamentos que agem no SRAA), durante o segundo e terceiro trimestres da gestação, houve relatos de lesões e morte de fetos em desenvolvimento. Além disso, nos dados retrospectivos, o uso de inibidores da ECA no primeiro trimestre foi associado a um risco potencial de anomalias congênitas. Houve relatos de aborto espontâneo, oligodrâmnio e disfunção renal em recém-nascidos quando mulheres grávidas tomaram inadvertidamente a valsartana. Se gravidez for detectada durante o tratamento, Diovan® deve ser descontinuado assim que possível (vide “Dados de segurança pré-clínicos”).
Considerações Clínicas Risco materno e/ou embrionário/fetal associado à doença A hipertensão na gravidez aumenta o risco materno de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, parto prematuro e complicações do parto (por exemplo, necessidade de cesariana e hemorragia pós-parto). A hipertensão aumenta o risco fetal para restrição do crescimento intrauterino e morte intrauterina.
Risco fetal/neonatal Oligodrâmnio em gestantes que usam medicamentos que afetam o sistema renina-angiotensina no segundo e terceiro trimestres da gravidez pode resultar em: redução da função renal fetal levando a anúria e insuficiência renal, hipoplasia pulmonar fetal, deformações esqueléticas, incluindo hipoplasia craniana, hipotensão e morte. Em caso de exposição acidental à terapia BRA, deve ser considerada uma monitorização fetal adequada.
Bebês cujas mães fizeram terapia BRA devem ser cuidadosamente observados quanto à hipotensão.
Dados em animais Em estudos de desenvolvimento embrionário em camundongos, ratos e coelhos, observou-se fetotoxicidade em associação com toxicidade materna em ratos com doses de valsartana de 600 mg/kg/dia aproximadamente 18vezes a dose humana máxima recomendada numa base de mg/m2 (os cálculos pressupõem uma dose oral de 320 mg/dia em um paciente de 60 kg) e em coelhos com doses de 10 mg/kg/dia aproximadamente 0,6 vezes a dose humana máxima recomendada numa base de mg/m2 (os cálculos assumem uma dose oral de 320 mg/dia em um paciente de 60 kg). Não houve evidência de toxicidade materna ou fetotoxicidade em camundongos até um nível de dose de 600 mg/kg/dia aproximadamente 9 vezes a dose humana máxima recomendada em mg/m2 (os cálculos assumem uma dose oral de 320 mg/dia em um paciente de 60 kg).
Lactação Sumário de risco Não se sabe se a valsartana é transferida para o leite humano. A valsartana foi transferida para o leite de ratas lactantes.
Portanto, não se recomenda o uso de Diovan® em lactantes.
Mulheres em idade fértil Como qualquer fármaco que atua diretamente sobre o SRAA, Diovan® não deve se usado por mulheres que planejam engravidar. Os médicos que prescrevem qualquer agente que atue no SRAA devem aconselhar as mulheres com potencial de engravidar sobre o risco potencial destes agentes durante a gravidez.
Infertilidade Não há dados dos efeitos de Diovan® na fertilidade humana. Estudos em ratos não demonstraram qualquer efeito da valsartana na fertilidade (vide “Dados de segurança pré-clínicos”).
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas Assim como outros agentes anti-hipertensivos, recomenda-se cautela ao se operar máquinas e/ou dirigir veículos.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Duplo bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA) com BRAs, IECAs ou alisquireno: o uso concomitante de bloqueadores de receptores de angiotensina (BRAs), incluindo Diovan®, com outros medicamentos que agem no SRA é associado com o aumento da incidência de hipotensão, hipercalemia e alterações na função renal em comparação com a VPS17 = Diovan_Bula_Profissional monoterapia. É recomendada a monitoração da pressão arterial, função renal e eletrólitos em pacientes em tratamento com Diovan® e outros agentes que afetam o SRA (vide “Advertências e precauções”).
O uso concomitante de BRAs, incluindo Diovan®, ou IECAs com alisquireno deve ser evitado em pacientes com insuficiência renal grave (TFG < 30 mL/min) (vide “Advertências e precauções”).
O uso concomitante de BRAs, incluindo Diovan®, ou IECAs com alisquireno é contraindicado em pacientes com diabetes tipo 2 (vide “Contraindicações”).
Potássio: o uso concomitante com diuréticos poupadores de potássio (por exemplo, espironolactona, triantereno, amilorida), suplementos à base de potássio, substitutos do sal que contenham potássio ou outros medicamentos que podem aumentar os níveis de potássio (heparina, etc.) podem acarretar aumento do potássio sérico e, em pacientes com insuficiência cardíaca, aumento de creatinina sérica. Se o uso simultâneo desses compostos for considerado necessário, recomenda-se monitoramento do potássio sérico.
Agentes anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) incluindo inibidor seletivo da ciclooxigenase 2 (inibidor da COX2): quando os antagonistas de angiotensina II são administrados simultaneamente com os AINEs, pode ocorrer atenuação do efeito anti-hipertensivo. Além disso, em pacientes idosos, com depleção de volume (incluindo aqueles sobre terapia com diurético) ou que tiver comprometimento da função renal, o uso concomitante de antagonistas da angiotensina II e AINEs pode levar ao aumento de risco da piora da função renal. Portanto, recomenda-se o monitoramento da função renal quando se inicia ou modifica o tratamento em pacientes com valsartana e que estão tomando AINEs simultaneamente.
Lítio: foram relatados aumentos reversíveis nas concentrações séricas de lítio e toxicidade durante a administração concomitante de lítio e inibidores da ECA ou bloqueadores do receptor de angiotensina II, incluindo o Diovan®. Portanto, recomenda-se monitoração cuidadosa das concentrações séricas de lítio durante o uso concomitante. Se um diurético também for usado, o risco de toxicidade por lítio pode presumidamente ser aumentado ainda mais com Diovan®.
Transportadores: o resultado de um estudo humano in vitro com tecido de fígado indicou que a valsartana é um substrato para o transportador hepático de captação OATP1B1 e para o transportador - hepático de efluxo MRP2. A coadministração de inibidores do transportador por captação (por exemplo, rifampicina e ciclosporina) ou do transportador de efluxo (por exemplo, ritonavir) pode aumentar a exposição sistêmica da valsartana.
O uso concomitante de valsartana com:
- lítio: pode levar a uma intoxicação por lítio - anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): pode reduzir a eficácia anti-hipertensiva - ritonavir: aumento da exposição da valsartana - agentes que bloqueiam o SRAA: pode levar à hipercalemia Não foram observadas interações de significância clínica. Entre os fármacos com os quais se realizaram estudos clínicos incluem-se: cimetidina, varfarina, furosemida, digoxina, atenolol, indometacina, hidroclorotiazida, anlodipino e glibenclamida.
Como a valsartana não sofre extensa metabolização, interações do tipo medicamento-medicamento clinicamente relevantes, em termos de indução ou inibição metabólica do sistema do citocromo P450, não são esperadas com a valsartana. Embora a valsartana possua alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas, estudos in vitro não mostraram qualquer interação nesse nível com uma série de moléculas que também têm alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas, como diclofenaco, furosemida e varfarina.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30 ºC). Proteger da umidade. O prazo de validade desse medicamento é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características Físicas O comprimido revestido de Diovan® 40 mg é amarelo, ovaloide, possui sulco de partição, ligeiramente convexo, bordas chanfradas, gravados em um lado com DO e NVR no outro lado.
VPS17 = Diovan_Bula_Profissional O comprimido revestido de Diovan® 80 mg é vermelho claro, formato de amêndoa, com bordas chanfradas, gravados em um lado DV e NVR no outro lado.
O comprimido revestido de Diovan® 160 mg é laranja acinzentado, formato de amêndoa, com bordas chanfradas, gravado em um lado DX e NVR no outro lado.
O comprimido revestido de Diovan® 320 mg é cinza arroxeado escuro, formato de amêndoa, com bordas chanfradas, um lado com gravação DXL e NVR no outro lado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR
Método de administração Diovan® pode ser administrado independentemente das refeições e deve ser administrado com água por via oral.
Hipertensão A dose inicial recomendada de Diovan® é de um comprimido revestido de 80 mg ou 160 mg uma vez ao dia, independente da raça, idade ou sexo. O efeito anti-hipertensivo manifesta-se efetivamente dentro de 2 semanas e o efeito máximo após 4 semanas. Nos pacientes que não apresentarem controle adequado da pressão arterial, a dose diária pode ser aumentada para um comprimido revestido de 320 mg, ou um diurético pode ser associado.
Diovan® pode ser administrado concomitantemente com outros agentes anti-hipertensivos.
Insuficiência cardíaca A dose diária recomendada para o início de tratamento é de um comprimido revestido de 40 mg de Diovan® duas vezes ao dia. A titulação para 80 mg e 160 mg duas vezes ao dia deve ser feita para a maior dose conforme tolerado pelo paciente. Deve-se considerar a redução da dose dos diuréticos concomitantes. A dose máxima diária administrada nos estudos clínicos é de 320 mg em doses fracionadas.
A avaliação dos pacientes com insuficiência cardíaca deve sempre incluir a avaliação da função renal.
Pós-infarto do miocárdio A terapêutica pode ser iniciada 12 horas após um infarto do miocárdio. Após uma dose inicial de 20 mg duas vezes ao dia, a terapêutica com valsartana deve ser titulada para um comprimido revestido de 40 mg, 80 mg e 160 mg duas vezes ao dia durante as próximas semanas. A dose inicial é oferecida por comprimidos de 40 mg divisíveis.
A dose-alvo máxima é 160 mg duas vezes ao dia. Em geral, é recomendado que os pacientes atinjam um nível de dose de 80 mg duas vezes ao dia por duas semanas após o início do tratamento e que o atingimento da dose-alvo máxima ocorra em três meses com base na tolerabilidade do paciente à valsartana durante a titulação. Se hipotensão sintomática ou disfunção renal ocorrer, deve-se considerar a redução da dose.
A valsartana pode ser usada em pacientes tratados com outras terapêuticas do pós-infarto do miocárdio, por exemplo, trombolíticos, ácido acetilsalicílico, betabloqueadores ou estatinas.
A avaliação em pacientes com pós-infarto do miocárdio deve sempre incluir uma avaliação da função renal.
Insuficiência hepática Pacientes com insuficiência hepática de leve a moderada somente devem tomar doses acima de 80 mg duas vezes ao dia se o benefício clínico for superior ao risco associado com a exposição aumentada à valsartana.
OBSERVAÇÃO para todas as indicações: nenhum ajuste de dose é requerido para pacientes com a disfunção renal ou para pacientes com insuficiência hepática de origem não biliar e sem colestase.
No Brasil, Diovan® não é aprovado para crianças e adolescentes (menores de 18 anos).
A dose máxima diária de Diovan® é de 320 mg.
O sulco de partição em um dos lados do Diovan® 40 mg é para dividir o comprimido em partes de doses iguais.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado. Exceto o comprimido de 40 mg que pode ser partido.
VPS17 = Diovan_Bula_Profissional 9. REAÇÕES ADVERSAS Em estudos clínicos controlados com pacientes adultos com hipertensão, a incidência geral de reações adversas foi comparável ao placebo e é consistente com a farmacologia da valsartana. A incidência de reações adversas não está relacionada com a dose ou duração do tratamento e também pareceu não estar associada ao sexo, idade ou etnia.
Os relatos de reações adversas dos estudos clínicos, da experiência pós-comercialização e dos achados laboratoriais estão listados abaixo de acordo com a classificação dos sistemas de órgãos.
As reações adversas estão classificadas por frequência, sendo as mais frequentes listadas no início, utilizando-se o seguinte critério: muito comum (≥ 1/10); comum (≥ 1/100 a < 1/10); incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100); rara (≥ 1/10.000 a < 1/1.000);
muito rara (< 1/10.000), incluindo relatos isolados. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas estão classificadas em ordem decrescente de gravidade.
Todas as reações adversas relatadas em experiência pós-comercialização e em achados laboratoriais possuem a frequência descrita como “desconhecida” uma vez que não é possível aplicar a frequência de reações adversas.
Reações adversas em Hipertensão Distúrbios dos sistemas linfático e sanguíneo Desconhecido Hemoglobina diminuída, hematócrito diminuído, neutropenia, trombocitopenia Distúrbios do sistema imunológico Desconhecido Hipersensibilidade incluindo doença do soro Distúrbios nutricionais e metabólicos Desconhecido Potássio no sangue aumentado Distúrbios do labirinto e ouvido Incomum Vertigem Distúrbios vasculares Desconhecido Vasculite Distúrbios mediastinais, torácicos e respiratórios Incomum Tosse Distúrbios gastrointestinais Incomum Dor abdominal Distúrbios hepatobiliares Desconhecido Teste da função hepática anormal, incluindo aumento da bilirrubina no sangue Distúrbios do tecido subcutâneo e pele Desconhecido Angioedema, dermatite bolhosa, erupção cutânea e prurido Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo Desconhecido Mialgia Distúrbios urinários e renais Desconhecido Insuficiência e disfunção renal, creatinina no sangue aumentada Distúrbios gerais e condições do local de administração Incomum Fadiga Os seguintes eventos também foram observados durante os estudos clínicos com pacientes hipertensos, desconsiderando sua associação causal com o medicamento em estudo: artralgia, astenia, dor nas costas, diarreia, tontura, dor de cabeça, insônia, diminuição da libido, náusea, edema, faringite, rinite, sinusite, infecção do trato respiratório superior, infecções virais.
Pós-infarto do miocárdio e/ou Insuficiência cardíaca O perfil de segurança observado em estudos clínicos controlados em pacientes com pós-infarto do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca varia com relação ao perfil de segurança observado em pacientes hipertensos. Este fato pode estar relacionado a doenças subjacentes. As reações adversas que ocorreram em pacientes com pós-infarto do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca estão listadas abaixo.
Reações adversas em Pós-infarto do miocárdio e/ou Insuficiência cardíaca Distúrbios dos sistemas linfático e sanguíneo Desconhecido Trombocitopenia Distúrbios do sistema imunológico Desconhecido Hipersensibilidade incluindo doença do soro Distúrbios nutricionais e metabólicos* Incomum Hipercalemia VPS17 = Diovan_Bula_Profissional Distúrbios do sistema nervoso Comum Tontura, tontura postural Incomum Síncope, dor de cabeça Distúrbios do labirinto e ouvido Incomum Vertigem Distúrbios cardíacos Incomum Insuficiência cardíaca Distúrbios vasculares Comum Hipotensão, hipotensão ortostática Desconhecido Vasculite Distúrbios mediastinais, torácicos e respiratórios Incomum Tosse Distúrbios gastrointestinais Incomum Náusea, diarreia Distúrbios hepatobiliares Desconhecido Teste da função hepática anormal Distúrbios do tecido subcutâneo e pele Incomum Angioedema Desconhecido Dermatite bolhosa, erupção cutânea, prurido Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo Desconhecido Mialgia Distúrbios urinários e renais Comum Disfunção e insuficiência renal Incomum Insuficiência renal aguda, creatinina no sangue aumentada Desconhecido Ureia do sangue aumentada Distúrbios gerais e condições do local de administração Incomum Astenia, fadiga *Potássio no sangue aumentado (frequência desconhecida) – relatado no relatório de pós-comercialização.
Os seguintes eventos também foram observados durante os estudos clínicos em pacientes com pós-infarto do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca desconsiderando sua associação causal com o medicamento em estudo: artralgia, dor abdominal, dor nas costas, insônia, diminuição da libido, neutropenia, edema, faringite, rinite, sinusite, infecção do trato respiratório superior, infecções virais.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. SUPERDOSE A superdose com Diovan® pode resultar em acentuada hipotensão que pode levar a uma depressão do nível de consciência, colapso circulatório e/ou choque. Se a ingestão foi recente, deve-se induzir o vômito. Caso a ingestão tenha ocorrido há mais tempo, o tratamento usual seria a infusão intravenosa de solução salina fisiológica.
É improvável que a valsartana seja removida por hemodiálise.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
MS - 1.0068.0065 Farm. Resp.: Flavia Regina Pegorer - CRF-SP 18.150 Importado por:
Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90 São Paulo - SP CNPJ: 56.994.502/0001-30 Indústria Brasileira VPS17 = Diovan_Bula_Profissional Fabricado por: Siegfried Barbera S.L., Barberà del Vallès, Espanha.
Embalado por: Anovis Industrial Farmacêutica Ltda., Taboão da Serra, SP.
= Marca registrada de Novartis AG, Basileia, Suíça.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 05/07/2022.
CDS 01.02.21 VPS17 VPS17 = Diovan_Bula_Profissional Histórico de Alteração da Bula Dados da submissão eletrônica Data do N° do expediente expediente Assunto Dados da petição/notificação que altera bula Data do expediente N° do expediente Assunto Data de aprovação Dados das alterações de bulas Itens de bula Versões (VP/VPS) Apresentações relacionadas - 40 MG COM REV CT BL AL/AL x 28
NA
11/04/2013 0274978/13-8
MEDICAMENTO
NOVO – Inclusão 11/04/2013 0274978/13-8 Inicial de Texto de Bula – RDC 60/12 VP6
MEDICAMENTO
NOVO – Inclusão 11/04/2013 Inicial de Texto de Bula – RDC 60/12 - 80 MG COM REV CT BL AL/AL x 14 - 80 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 14 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 28
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VPS6 - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 14 - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 28 - 40 MG COM REV CT BL AL/AL x 28
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NOVO – Notificação NOVO – Notificação de Alteração de 08/08/2013 0652946/13-1 de Alteração de 08/08/2013 08/08/2013 0652946/13-1 Texto de Bula – Texto de Bula – RDC 60/12 RDC 60/12 - O que devo saber antes de usar este medicamento?
- 80 MG COM REV CT BL AL/AL x 14 - 80 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 14 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 14 - Interações medicamentosas
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NOVO – Notificação NOVO – Notificação de Alteração de 29/11/2013 1011847/13-1 de Alteração de 29/11/2013 29/11/2013 1011847/13-1 Texto de Bula – Texto de Bula – RDC 60/12 RDC 60/12 VP7 - Quais os males que este medicamento pode me causar?
VPS7 - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 28 - 40 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 VP8 - 80 MG COM REV CT BL AL/AL x 14 - 80 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 14 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - Reações adversas VPS8 - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 14 - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 28 Diovan/ comprimidos revestidos / 40 mg, 80 mg, 160 mg e 320 mg - 40 MG COM REV CT BL AL/AL x 28
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NOVO – Notificação NOVO – Notificação de Alteração de 08/04/2014 0266088/14-1 de Alteração de 08/04/2014 08/04/2014 0266088/14-1 Texto de Bula – Texto de Bula – RDC 60/12 RDC 60/12 - Dizeres Legais VP9 - 80 MG COM REV CT BL AL/AL x 14 - 80 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 14 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - Dizeres Legais VPS9 - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 14 - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 28 - O que devo saber antes de usar este medicamento?
VP10 - 40 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - 80 MG COM REV CT BL AL/AL x 14 - Resultados de eficácia
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NOVO – Notificação NOVO – Notificação - Características de Alteração de 16/12/2014 1126155/14-2 de Alteração de 16/12/2014 16/12/2014 1126155/14-2 Farmacológicas Texto de Bula – Texto de Bula – RDC 60/12 RDC 60/12 - Advertências e Precauções - 80 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 14 VPS10 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 14 - Interações Medicamentosas - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 28 - Reações Adversas - 40 MG COM REV CT BL AL/AL x 28
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NOVO – Notificação NOVO - Alteração de Alteração de 15/01/2015 0041313/15-5 20/01/2015 0049267/15-1 18/02/2015 - Dizeres Legais de local de Texto de Bula – embalagem primária RDC 60/12 VP11 - 80 MG COM REV CT BL AL/AL x 14 - 80 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 14 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 VPS11 - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 14 - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 28 - Apresentações
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- Dizeres Legais NOVO – Notificação NOVO – Notificação de Alteração de 09/10/2015 0901445/15-4 de Alteração de 09/10/2015 09/10/2015 0901445/15-4 Texto de Bula – Texto de Bula – - Apresentações RDC 60/12 RDC 60/12 - Dizeres Legais Diovan/ comprimidos revestidos / 40 mg, 80 mg, 160 mg e 320 mg - 40 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 VP12 - 80 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 14 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 VPS12 - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 14 - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 28 - O que devo saber antes de usar este medicamento?
- Onde, como e por quanto tempo posso guardar este medicamento?
31/1018
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NOVO – Notificação de Alteração de 1049506181 Texto de Bula – RDC 60/12 31/1018 1049506181
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NOVO – Notificação de Alteração de Texto de Bula – RDC 60/12 VP13 - 40 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 Com devo usar este medicamento?
31/1018 - 80 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 14 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 -Características farmacológicas - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 14 -Advertências e precauções - Cuidados de armazenamento do medicamento - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 28 VPS13 - Reações adversas - Composição - Onde, como e por quanto tempo posso guardar este medicamento?
07/08/20
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NOVO – Notificação de Alteração de 2621697203 Texto de Bula – RDC 60/12 07/08/20 2621697203
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NOVO – Notificação de Alteração de Texto de Bula – RDC 60/12 VP14 - Como devo usar este medicamento?
07/08/20 - 40 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - 80 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 14 - Dizeres legais - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - Composição - Cuidados de armazenamento do medicamento - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 14 - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 28 VPS14 - Posologia e modo de usar - Reações adversas
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NOVO - Notificação de Alteração de 23/04/2021 1560084210 23/04/2021 Texto de Bula – publicação no Bulário RDC 60/12 1560084210 Diovan/ comprimidos revestidos / 40 mg, 80 mg, 160 mg e 320 mg
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- NA NOVO - Notificação de Alteração de 23/04/2021 Texto de Bula – - Características publicação no farmacológicas Bulário RDC 60/12 - Advertências e precauções VP14 - 40 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - 80 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 14 VPS15 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 14 - Reações adversas
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NOVO - Notificação de Alteração de 30/09/2021 3859877216 24/09/2021 Texto de Bula – publicação no Bulário RDC 60/12 3427706214 - O que devo saber antes de 11005 - RDC usar este medicamento?
73/2016 - NOVO - Dizeres legais Alteração de razão social do local de 15/09/2021 fabricação do medicamento - Dizeres legais - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 28 40 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 VP15 - 80 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 14 - 160 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 VPS16 - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 14 - 320 MG COM REV CT BL AL/AL X 28 - 40 MG COM REV CT BL AL/AL x 28 04/08/2022