cloridrato de remifentanila

CRISTÁLIA PRODUTOS QUÍMICOS FARMACÊUTICOS LTDA. - 44734671000151 BULA DO MÉDICO

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Cloridrato de remifentanila Medicamento Genérico Lei nº 9.787, de 1999.

Pó Liófilo para Solução Injetável 2mg e 5mg Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda.

BULA PARA O PROFISSIONAL DA SAÚDE I – IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

cloridrato de remifentanila Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999

APRESENTAÇÕES

Embalagens contendo 5 frascos-ampola de 2mg ou 5mg

USO INTRAVENOSO USO ADULTO E USO PEDIÁTRICO ACIMA DE 1 ANO DE IDADE COMPOSIÇÃO

Cada frasco-ampola de 2 mg contém:

cloridrato de remifentanila . . . . . . . . 2,194 mg (equivalente a 2 mg de remifentanila) excipientes* q.s.p . . . . . . . . 1 frasco-ampola Cada frasco-ampola de 5 mg contém:

cloridrato de remifentanila . . . . . . . . 5,485 mg (equivalente a 5 mg de remifentanila) excipientes* q.s.p . . . . . . . . 1 frasco-ampola *excipientes: glicina, ácido clorídrico e hidróxido de sódio.

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES O cloridrato de remifentanila é indicado como agente analgésico na indução e/ou manutenção da anestesia geral durante procedimentos cirúrgicos, entre eles a cirurgia cardíaca. É indicado também na continuação da analgesia durante o período pós-operatório imediato, sob estrito controle, e durante a transição para a analgesia de longa duração.

O cloridrato de remifentanila é igualmente indicado para promover analgesia e sedação em pacientes ventilados mecanicamente em unidade de terapia intensiva.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

O cloridrato de remifentanila mostrou ser eficaz na sedação analgésica e bem tolerado, apresentando semelhança de efeitos adversos em comparação aos hipnóticos1.

O cloridrato de remifentanila mostrou-se também eficaz na prevenção do aumento da pressão arterial média (sem efeitos adversos como a bradicardia2).

O cloridrato de remifentanila, em associação com hipnóticos, reduz de forma significativa o tempo de ventilação mecânica3.

O cloridrato de remifentanila é eficaz no controle da dor pós-operatória depois de extubação orotraqueal e não causa comprometimento respiratório4.

A infusão contínua de cloridrato de remifentanila é efetiva no controle da dor em pacientes extubados, após cirurgia cardíaca, sem resultar em complicações respiratórias4.

1. KARABINIS, A. et al. Safety and efficacy of analgesia-based sedation with remifentanil versus standard hypnotic-based regimens in intensive care unit patients with brain injuries: a randomised, controlled trial [ISRCTN50308308]. Crit Care, 8(4): R268-80, 2004.

2. WIEL, E. et al. Comparison of remifentanil and alfentanil during anaesthesia for patients undergoing direct laryngoscopy without intubation. Br J Anaesth, 91(3):421-3, 2003.

3. MUELLEJANS, B. et al. Sedation in the intensive care unit with remifentanil/propofol versus midazolam/fentanyl: a randomised, open-label, pharmacoeconomic trial. Crit Care, 10(3): R91, 2006.

4. STEINLECHNER, B. et al. Postoperative analgesia with remifentanil in patients undergoing cardiac surgery. Anesth Analg, 100(5): 1230-5, 2005.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Anestésicos opioides Mecanismo de ação A remifentanila é um agonista µ-opioide seletivo de início rápido de ação e duração de ação muito curta. A atividade µ-opioide é antagonizada por antagonistas de opioides, como a naloxona.

Efeitos farmacodinâmicos Testes de histamina feitos em pacientes e em voluntários normais demonstraram não haver elevação dessa substância após a administração de remifentanila em bolus de até 30 µg/kg.

Propriedades farmacocinéticas Absorção Em toda a faixa de doses recomendadas, as concentrações plasmáticas de cloridrato de remifentanila são proporcionais à dose utilizada. Para cada aumento de 0,1 µg/kg/min na velocidade de infusão, a concentração plasmática da remifentanila aumenta em 2,5 ng/mL.

Distribuição O volume de distribuição central é de 100 mL/kg, enquanto o volume de distribuição no estado de equilíbrio é de 350 mL/kg.

A remifentanila liga-se às proteínas plasmáticas em aproximadamente 70%.

Metabolismo Opioide metabolizado por esterases, a remifentanila é suscetível à metabolização por esterases não específicas do sangue e dos tecidos. O metabolismo dessa droga resulta na formação de um metabólito ácido carboxílico essencialmente inativo (4.600 vezes menos potente que a droga-mãe), cuja meia-vida em adultos sadios é de 2 horas.

Aproximadamente 95% de remifentanila é excretada na urina na forma desse metabólito. Essa droga não é um substrato da colinesterase plasmática.

Eliminação Após a administração das doses recomendadas, a meia-vida biológica efetiva da remifentanila é de 3 a 10 minutos. O clearance médio desse fármaco em adultos jovens sadios é de 40 mL/kg/min.

Grupos especiais Anestesia cardíaca O clearance da remifentanila se reduz em até 20% durante o bypass cardiovascular hipotérmico (28ºC). A diminuição da temperatura corporal também reduz o clearance em 3% por grau Celsius.

Insuficiência renal A rápida recuperação da sedação e da analgesia induzidas pela remifentanila não é afetada pelo status renal.

A farmacocinética da remifentanila não é significantemente alterada em pacientes com diferentes graus de insuficiência renal, mesmo após a administração do fármaco por até três dias em unidade de terapia intensiva.

O clearance do metabólito ácido carboxílico é reduzido nos pacientes com disfunção renal. Nos pacientes internados em UTI com disfunção renal de moderada a grave, a concentração do metabólito ácido carboxílico pode exceder 250 vezes o nível da remifentanila no estado de equilíbrio em alguns pacientes.

Dados clínicos demonstraram que o acúmulo do metabólito não resulta em efeitos clinicamente relevantes dos µ-opioides nem mesmo após a administração de infusões de remifentanila por até três dias nesses pacientes.

Não existem evidências de que a remifentanila seja eliminada durante a hemodiálise. O metabólito ácido carboxílico, por outro lado, é extraído na hemodiálise (30% no mínimo).

Insuficiência hepática A farmacocinética da remifentanila não se altera em pacientes com insuficiência hepática severa que aguardam transplante, ou durante a fase anepática do transplante de fígado. Os pacientes com insuficiência hepática severa podem ser um pouco mais sensíveis ao efeito depressor respiratório da remifentanila. Esses pacientes devem ser monitorados de perto, ajustando-se a dose do anestésico a suas necessidades individuais.

Pacientes pediátricos Em pacientes pediátricos de 5 dias a 17 anos de idade, o clearance médio e o volume de distribuição no estado de equilíbrio da remifentanila aumentam nas crianças mais jovens e diminuem nos adolescentes sadios de 17 anos. A meia-vida do fármaco não é significativamente diferente nos neonatos, e isso sugere que as alterações do efeito analgésico após as mudanças de velocidade de infusão devem ser rápidas e similares às observadas em adultos jovens sadios. A farmacocinética do metabólito ácido carboxílico em pacientes pediátricos de 2 a 17 anos de idade é similar à observada em adultos após a correção das diferenças de peso corporal.

Pacientes idosos O clearance da remifentanila se reduz levemente (cerca de 25%) nos pacientes idosos (maiores de 65 anos) em comparação aos mais jovens. A atividade farmacodinâmica desse anestésico aumenta com a idade.

Os pacientes idosos apresentam CE50 (concentração efetiva de 50%) da remifentanila para a formação de ondas delta no eletroencefalograma 50% menor que a dos pacientes mais jovens; portanto, a dose inicial de remifentanila deve ser reduzida em 50% nesses pacientes e depois ajustada cuidadosamente a suas necessidades individuais.

Transferência placentária e para o leite materno Em um ensaio clínico realizado com seres humanos, verificou-se que a concentração da remifentanila no sangue fetal atingia aproximadamente 50% da concentração desse anestésico no sangue materno. A relação da concentração arteriovenosa fetal da remifentanila foi de cerca de 30%, o que sugere a ocorrência de metabolização da droga pelo recém-nascido.

4. CONTRAINDICAÇÕES Como a glicina é utilizada em sua formulação, não se deve administrar cloridrato de remifentanila por via epidural nem intratecal.

O cloridrato de remifentanila é contraindicado para pacientes com conhecida hipersensibilidade a qualquer componente da formulação ou a outro análogo de fentanil.

Este medicamento é contraindicado para menores de 1 ano de idade.

Gravidez O cloridrato de remifentanila somente deve ser utilizado em mulheres grávidas quando, a critério médico, os benefícios potenciais para a mãe superarem os possíveis riscos para o feto.

Lactação Não é conhecido se a remifentanila é excretada no leite materno. Contudo, uma vez que análogos da fentanila são excretados no leite materno e que o material derivado da remifentanila foi encontrado no leite de ratas tratadas com a droga, deve haver cautela na administração de cloridrato de remifentanila a mulheres que estejam amamentando.

Categoria B de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

O cloridrato de remifentanila deve ser administrado somente com equipamentos de monitorização e suporte da função respiratória e cardiovascular e por pessoas treinadas no uso dos agentes anestésicos e no reconhecimento e gerenciamento das reações adversas esperadas de opioides potentes, incluindo ressuscitação respiratória e cardíaca. Esse treinamento deve abranger o estabelecimento e a manutenção de abertura das vias respiratórias e de ventilação assistida.

Como ocorre com todos os opioides, não se recomenda o uso de cloridrato de remifentanila como agente único na anestesia geral.

Pacientes com hipersensibilidade conhecida a opioides de diferentes classes podem apresentar reação após a administração de cloridrato de remifentanila. Recomenda-se cautela antes do uso de remifentanila nesses pacientes (vide “Contraindicações”).

Prevenção e controle da rigidez muscular Mesmo com o uso de doses recomendadas, pode ocorrer rigidez muscular. Como acontece com outros opioides, a incidência de rigidez muscular está relacionada com a dose e a velocidade de aplicação. Assim, a administração na forma de bolus deve ter duração de no mínimo 30 segundos.

A rigidez muscular induzida pela remifentanila deve ser tratada com medidas de suporte adequadas, de acordo com a condição clínica do paciente. Deve-se tratar o excesso de rigidez muscular durante a indução da anestesia com a administração de um bloqueador neuromuscular e/ou de agentes hipnóticos adicionais.

A rigidez muscular causada pelo uso de remifentanila como analgésico pode ser tratada com a interrupção ou a diminuição da velocidade de aplicação da droga. A resolução da rigidez muscular ocorre alguns minutos após a descontinuação da infusão.

Uma alternativa possível é a administração de um antagonista opioide. Isso, entretanto, pode reverter ou atenuar o efeito analgésico da remifentanila.

Controle da depressão respiratória Como ocorre com todos os opioides potentes, a analgesia profunda é acompanhada de depressão respiratória marcante. Por isso, deve-se administrar remifentanila somente em locais onde haja disponibilidade de equipamentos de monitorização e tratamento da depressão respiratória. A ocorrência dessa condição deve ser tratada adequadamente, inclusive com redução da velocidade de infusão (50%) ou descontinuação temporária da infusão. Ao contrário de outros análogos da fentanila, a remifentanila não causa depressão respiratória recorrente ou tardia nem mesmo após administração prolongada. Entretanto, como muitos fatores podem afetar a recuperação pós-operatória, é importante que o paciente recupere plenamente a consciência e a respiração espontânea adequada antes de deixar a sala de recuperação.

Efeitos cardiovasculares A hipotensão e a bradicardia (vide “Reações Adversas”) podem ser controladas com a redução da velocidade de infusão de cloridrato de remifentanila, da dose dos anestésicos concomitantes ou com a administração intravenosa de líquidos e de drogas vasopressoras ou anticolinérgicas, conforme apropriado.

Os pacientes debilitados, hipovolêmicos e idosos podem ser mais sensíveis aos efeitos cardiovasculares da remifentanila.

Cessação rápida da ação Devido à cessação rápida da ação de cloridrato de remifentanila, não haverá atividade opioide residual dentro de 5 a 10 minutos após a descontinuação da administração. Aos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos nos quais se espera a ocorrência de dor pós-operatória, deve-se administrar analgésicos antes ou imediatamente após a descontinuação de cloridrato de remifentanila. Deve-se também esperar o tempo necessário para que os analgésicos de longa duração atinjam o efeito máximo. A escolha do analgésico deve adequar-se ao procedimento cirúrgico e ao nível de cuidados pós-operatórios.

Descontinuação do tratamento Não houve relatos frequentes de sintomas como taquicardia, hipertensão e agitação com a interrupção abrupta do tratamento, particularmente após a administração prolongada de remifentanila. Quando tais sintomas foram relatados, a reintrodução e a diminuição da infusão foram benéficas.

Administração inadvertida Uma quantidade de cloridrato de remifentanila pode permanecer na linha IV e/ou na cânula do equipo de infusão em volume suficiente para provocar depressão respiratória, apneia e/ou rigidez muscular se a linha for utilizada para a introdução de fluidos intravenosos ou outras drogas. Pode-se evitar o problema pela infusão de cloridrato de remifentanila através de uma linha de fluxo rápido ou exclusiva, que fica isenta de resíduos da droga, ou removendo-se o dispositivo após a descontinuação do tratamento.

Dependência Assim como ocorre com outros opioides, a remifentanila pode causar dependência.

Cuidados e advertências a populações especiais Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco (vide “Características Farmacológicas”).

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas O paciente só poderá dirigir veículos e operar máquinas quando tiver passado tempo suficiente após a administração de cloridrato de remifentanila, definido a critério médico.

Se estiver prevista alta hospitalar antecipada após o uso de anestésicos, o paciente deve ser orientado a não dirigir ou operar máquinas, pois sua habilidade e sua atenção podem estar prejudicadas Gravidez e lactação Gravidez Não existem estudos adequados e controlados sobre o uso de remifentanila durante a gravidez. Portanto, cloridrato de remifentanila somente deve ser utilizado em mulheres grávidas quando, a critério médico, os benefícios potenciais para a mãe superarem os possíveis riscos para o feto.

Parto Ainda não se demonstrou o perfil de segurança da remifentanila durante o parto, e não há dados suficientes para recomendar o uso de cloridrato de remifentanila no trabalho de parto nem na cesariana. A remifentanila atravessa a barreira placentária e os análogos da fentanila podem causar depressão respiratória na criança.

Lactação Não se sabe se a remifentanila é excretada no leite materno. Entretanto, uma vez que os análogos da fentanila são excretados no leite humano e que material derivado da remifentanila foi encontrado no leite de ratas tratadas com a droga, deve haver cautela na administração de cloridrato de remifentanila em mulheres que estejam amamentando.

Categoria B de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Este produto contém remifentanila, que está incluído na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidoping.

Este medicamento pode causar doping.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A remifentanila não é metabolizada pela colinesterase plasmática, portanto não se esperam interações com drogas metabolizadas por essa enzima.

Como ocorre com outros opioides, o uso de remifentanila reduz as quantidades ou doses de anestésicos inalatórios e intravenosos, e de benzodiazepínicos necessárias para a anestesia. Se as doses de depressores centrais administradas concomitantemente não forem reduzidas, os pacientes podem apresentar aumento da incidência de efeitos colaterais associados a esses agentes.

Os efeitos cardiovasculares de cloridrato de remifentanila (hipotensão ou bradicardia) podem exacerbar-se nos pacientes que recebem concomitantemente drogas depressoras cardíacas, como β-bloqueadores ou bloqueadores do canal de cálcio.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Este medicamento deve ser guardado dentro da embalagem original e conservado em temperatura entre 15°C e 30°C. O prazo de validade de cloridrato de remifentanila é de 24 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem externa do produto.

Após reconstituição e posterior diluição, cloridrato de remifentanila permanece estável por 24 horas em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas Pó compacto branco, inodoro, que pode estar intacto ou fragmentado.

Após reconstituído a solução é incolor, límpida e praticamente isenta de partículas.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR MODO DE USO USO INTRAVENOSO

O cloridrato de remifentanila deve ser utilizado somente por via intravenosa e não deve ser administrado por injeção epidural nem intratecal (vide “Contraindicações”).

O cloridrato de remifentanila somente deve ser usado em ambientes completamente equipados para monitoramento e suporte das funções respiratórias e cardiovasculares por pessoas especializadas na administração de drogas anestésicas, capacitadas para reconhecer e controlar os efeitos adversos dos opioides potentes e preparadas, inclusive, para efetuar ressuscitação cardíaca e respiratória. É necessário também prever o estabelecimento e a manutenção das vias aéreas patentes e da ventilação assistida.

Deve-se administrar infusões contínuas de cloridrato de remifentanila com equipamento calibrado para uma linha de infusão de fluxo rápido ou para uma linha exclusiva. A linha de infusão deve ser conectada ou estar próxima da cânula venosa para evitar um possível espaço morto (vide, nesta seção, “Instruções de Uso”, inclusive as tabelas com exemplos de velocidades de infusão/peso corporal).

Deve-se evitar a obstrução ou a desconexão das linhas de infusão, esvaziando-se adequadamente essas linhas para remoção de resíduos de cloridrato de cloridrato de remifentanila após o uso (vide “5.

Advertências e Precauções”).

INSTRUÇÕES DE USO

O cloridrato de remifentanila permanece estável por 24 horas, em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C), após a reconstituição e a posterior diluição entre 20 e 250 µg/mL (50 µg/mL é a diluição recomendada para adultos e 20-25 µg/ml para pacientes pediátricos maiores de 1 ano de idade). Recomenda-se uma das seguintes soluções para administração intravenosa:

- água estéril para injeção;

- solução de glicose a 5%;

- solução glicofisiológica (solução de glicose a 5% e de cloreto de sódio a 0,9%);

- solução fisiológica (solução de cloreto de sódio a 0,9%);

- solução de cloreto de sódio a 0,45%.

O cloridrato de remifentanila demonstrou ser compatível com os seguintes fluidos intravenosos quando administrado em infusão contínua IV concomitante:

- Ringer lactato;

- Ringer lactato com glicose a 5%.

O cloridrato de remifentanila demonstrou também compatibilidade com o propofol quando ambos são administrados em infusão contínua intravenosa concomitante.

INCOMPATIBILIDADES

O cloridrato de remifentanila só deve ser administrado com as soluções para infusão mencionadas acima.

O cloridrato de remifentanila não deve ser diluído ou misturado com solução de Ringer lactato nem de Ringer lactato com dextrose (glicose) a 5%.

O cloridrato de remifentanila não deve ser misturado ao propofol na mesma bolsa de infusão previamente à administração.

Não se recomenda a administração de cloridrato de remifentanila na mesma linha intravenosa, com sangue, soro nem plasma.

As esterases não específicas no sangue podem levar à hidrólise da remifentanila a seus metabólitos inativos.

O cloridrato de remifentanila não deve ser misturado a outros agentes terapêuticos antes da administração.

VELOCIDADE DE INFUSÃO

As tabelas seguintes fornecem instruções sobre as velocidades de infusão de cloridrato de remifentanila Tabela 1. Velocidade de infusão de cloridrato de remifentanila injetável (mL/kg/h) Velocidade de distribuição do medicamento (µg/kg/min) Velocidade de distribuição da infusão (mL/kg/h) em soluções com concentrações de:

0,0125 0,025 0,05 0,075 0,1 0,15 0,2 0,25 0,5 0,75 1,0 1,25 1,5 1,75 2,0 20 µg/mL 1 mg/50 mL 25 µg/mL 1 mg/40 mL 50 µg/mL 1 mg/20 mL 250 µg/mL 10 mg/40 mL 0,038 0,075 0,15 0,23 0,3 0,45 0,6 0,75 1,5 2,25 3,0 3,75 4,5 5,25 6,0 0,03 0,06 0,12 0,18 0,24 0,36 0,48 0,6 1,2 1,8 2,4 3,0 3,6 4,2 4,8 0,015 0,03 0,06 0,09 0,12 0,18 0,24 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,8 2,1 2,4 Não recomendável Não recomendável 0,012 0,018 0,024 0,036 0,048 0,06 0,12 0,18 0,24 0,3 0,36 0,42 0,48 Tabela 2. Velocidade de infusão de cloridrato de remifentanila injetável (mL/h) em uma solução de 20 µg/mL Velocidade de infusão (µg/kg/min) 5 10 20 Peso do paciente (kg) 30 40 50 60 0,0125 0,025 0,05 0,075 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,188 0,375 0,75 1,125 1,5 2,25 3,0 3,75 4,5 5,25 6,0 0,375 0,75 1,5 2,25 3,0 4,5 6,0 7,5 9,0 10,5 12,0 0,75 1,5 3,0 4,5 6,0 9,0 12,0 15,0 18,0 21,0 24,0 1,125 2,25 4,5 6,75 9,0 13,5 18,0 22,5 27,0 31,5 36,0 1,5 3,0 6,0 9,0 12,0 18,0 24,0 30,0 36,0 42,0 48,0 1,875 3,75 7,5 11,25 15,0 22,5 30,0 37,5 45,0 52,5 60,0 2,25 4,5 9,0 13,5 18,0 27,0 36,0 45,0 54,0 63,0 72,0 Tabela 3. Velocidade de infusão de cloridrato de remifentanila injetável (mL/h) em uma solução de 25 µg/mL Velocidade de infusão (µg/kg/min) 10 20 30 40 Peso do paciente (kg) 50 60 70 80 90 100 0,0125 0,025 0,05 0,075 0,1 0,15 0,2 0,3 0,6 1,2 1,8 2,4 3,6 4,8 0,6 1,2 2,4 3,6 4,8 7,2 9,6 0,9 1,8 3,6 5,4 7,2 10,8 14,4 1,2 2,4 4,8 7,2 9,6 14,4 19,2 1,5 3,0 6,0 9,0 12,0 18,0 24,0 1,8 3,6 7,2 10,8 14,4 21,6 28,8 2,1 4,2 8,4 12,6 16,8 25,2 33,6 2,4 4,8 9,6 14,4 19,2 28,8 38,4 2,7 5,4 10,8 16,2 21,6 32,4 43,2 3,0 6,0 12,0 18,0 24,0 36,0 48,0 Tabela 4. Velocidade de infusão de cloridrato de remifentanila injetável (mL/h) em uma solução de 50 µg/mL Velocidade de infusão (µg/kg/min) 30 40 50 Peso do paciente (kg) 60 70 80 90 100 0,025 0,05 0,075 0,1 0,15 0,2 0,25 0,5 0,75 1,0 1,25 1,5 1,75 2,0 0,9 1,8 2,7 3,6 5,4 7,2 9,0 18,0 27,0 36,0 45,0 54,0 63,0 72,0 1,2 2,4 3,6 4,8 7,2 9,6 12,0 24,0 36,0 48,0 60,0 72,0 84,0 96,0 1,5 3,0 4,5 6,0 9,0 12,0 15,0 30,0 45,0 60,0 75,0 90,0 105,0 120,0 1,8 3,6 5,4 7,2 10,8 14,4 18,0 36,0 54,0 72,0 90,0 108,0 126,0 144,0 2,1 4,2 6,3 8,4 12,6 16,8 21,0 42,0 63,0 84,0 105,0 126,0 147,0 168,0 2,4 4,8 7,2 9,6 14,4 19,2 24,0 48,0 72,0 96,0 120,0 144,0 168,0 192,0 2,7 5,4 8,1 10,8 16,2 21,6 27,0 54,0 81,0 108,0 135,0 162,0 189,0 216,0 3,0 6,0 9,0 12,0 18,0 24,0 30,0 60,0 90,0 120,0 150,0 180,0 210,0 240,0 Tabela 5. Velocidade de infusão de cloridrato de remifentanila injetável (mL/h) em uma solução de 250 µg/mL Velocidade de infusão (µg/kg/min) 30 40 50 Peso do paciente (kg) 60 70 80 90 100 0,1 0,15 0,2 0,25 0,5 0,75 1,0 1,25 1,5 1,75 2,0 0,72 1,08 1,44 1,80 3,60 5,40 7,20 9,00 10,80 12,60 14,40 0,96 1,44 1,92 2,40 4,80 7,20 9,60 12,00 14,40 16,80 19,20 1,20 1,80 2,40 3,00 6,00 9,00 12,00 15,00 18,00 21,00 24,00 1,44 2,16 2,88 3,60 7,20 10,80 14,40 18,00 21,60 25,20 28,80 1,68 2,52 3,36 4,20 8,40 12,60 16,80 21,00 25,20 29,40 33,60 1,92 2,88 3,84 4,80 9,60 14,40 19,20 24,00 28,80 33,60 38,40 2,16 3,24 4,32 5,40 10,80 16,20 21,60 27,00 32,40 37,80 43,20 2,40 3,60 4,80 6,00 12,00 18,00 24,00 30,00 36,00 42,00 48,00

POSOLOGIA

A administração de cloridrato de remifentanila durante a anestesia geral deve ser individualizada de acordo com a resposta do paciente. Não se recomenda o uso de cloridrato de remifentanila como agente único em anestesia geral.

ANESTESIA GERAL

A administração de cloridrato de remifentanila deve ser individualizada, de acordo com a resposta do paciente. Não é recomendado o uso de cloridrato de remifentanila como agente único em anestesia geral.

ADULTOS

A tabela seguinte resume a velocidade de infusão inicial e a dose.

Orientação de dosagem para adultos Indicação Bolus de infusão de Infusão contínua de cloridrato de cloridrato de remifentanila (µg/kg/min) remifentanila (µg/kg) Velocidade inicial Limites Indução da anestesia 1 0,5 a 1 em pacientes ventilados (aplicar em no mínimo 30 segundos) Manutenção da anestesia em pacientes ventilados Óxido nitroso (66%) 0,5 a 1 0,4 0,1 a 2 Isoflurano (dose inicial 0,5 a 1 0,25 0,05 a 2 de 0,5 CAM*) Propofol (dose inicial 0,5 a 1 0,25 0,05 a 2 de 100 µ g/kg/min) Anestesia com Não recomendável 0,04 0,025 a 0,1 respiração espontânea Continuação da Não recomendável 0,1 0,025 a 0,2 analgesia no pósoperatório imediato * CAM = concentração alveolar mínima.

O tempo de administração de cloridrato de remifentanila em bolus na indução da anestesia não deve ser menor que 30 segundos.

Nas doses recomendadas, a remifentanila reduz significativamente a quantidade de hipnótico necessária para manter a anestesia. Portanto, o isoflurano e o propofol devem ser administrados como descrito acima para evitar anestesia excessivamente profunda (vide “Interações Medicamentosas”). Não há dados disponíveis sobre as dosagens recomendáveis para uso simultâneo de outros hipnóticos e cloridrato de remifentanila.

Indução da anestesia O cloridrato de remifentanila deve ser administrado com um agente hipnótico, como propofol, tiopental ou isoflurano, para indução da anestesia. Pode-se administrar cloridrato de remifentanila com velocidade de infusão de 0,5 a 1 μg/kg/min, com ou sem bolus de infusão inicial de 1 μg/kg, por no mínimo 30 segundos.

Se a previsão da intubação endotraqueal ultrapassar o período de 8 a 10 minutos após o início da infusão de cloridrato de remifentanila, então a infusão em bolus não será necessária.

Manutenção da anestesia Após a intubação endotraqueal, a velocidade de infusão de cloridrato de remifentanila deve diminuir de acordo com a técnica anestésica, como indicado na tabela acima. Devido ao início rápido e à curta duração da ação de cloridrato de remifentanila, a velocidade de administração durante a anestesia pode ser ajustada em incrementos de 25% a 100% ou em diminuições de 25% a 50%, a cada 2 a 5 minutos, para obter o nível desejável de resposta μ-opiácea. Em resposta à anestesia leve, infusões suplementares na forma de bolus podem ser administradas a intervalos de 2 a 5 minutos.

Anestesia de pacientes com respiração espontânea e via aérea protegida (como por máscara laríngea) Nos pacientes anestesiados que respiram espontaneamente (com via aérea protegida) pode ocorrer depressão respiratória. Deve-se ter cuidado especial para ajustar a dose às necessidades do paciente, e talvez seja preciso recorrer ao suporte ventilatório. A taxa de infusão inicial recomendável para analgesia suplementar de pacientes anestesiados que respiram espontaneamente è de 0,04 μg/kg/min, com ajustes para obter o efeito desejado. Uma variação de velocidades de infusão de 0,025 a 0,1 μg/kg/min tem sido estudada.

Não se recomenda a administração em bolus em pacientes anestesiados que respiram espontaneamente.

Continuação até o período pós-operatório imediato Caso não se inicie a analgesia de longa duração antes do final da cirurgia, pode ser necessária a administração de cloridrato de remifentanila para manter a analgesia durante o período pós-operatório imediato até que o analgésico de longa duração atinja o efeito máximo.

Nos pacientes ventilados, a velocidade de infusão deve ser ajustada até que se atinja o efeito desejado.

Nos pacientes em respiração espontânea, é necessário reduzir a velocidade de infusão de cloridrato de remifentanila, inicialmente, para 0,1 µ g/kg/min. Pode-se então aumentar ou diminuir a velocidade de infusão, no máximo em 0,025 µ g/kg/min, a cada 5 minutos, para ajustar o nível de analgesia ou a frequência respiratória do paciente. O cloridrato de remifentanila somente deverá ser administrado em ambientes completamente equipados para monitoramento e suporte das funções respiratórias e cardiovasculares sob restrita supervisão de pessoas especificamente treinadas no reconhecimento e no controle dos efeitos adversos dos opioides potentes.

O uso de injeções em bolus de cloridrato de remifentanila no tratamento da dor durante o período pósoperatório não é recomendável para pacientes que respiram espontaneamente.

Medicação concomitante O cloridrato de remifentanila diminui as quantidades de anestésicos inalatórios, hipnóticos ou benzodiazepínicos necessárias para a anestesia (vide “Interações Medicamentosas”).

As doses de alguns agentes utilizados em anestesia, como isoflurano, tiopental, propofol e temazepam, reduziram-se em 75% quando usadas com a remifentanila.

Descontinuação Devido à cessação rápida da ação de cloridrato de remifentanila, não restará nenhuma atividade opioide residual entre 5 e 10 minutos após a descontinuação. Nos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos nos quais se espera a ocorrência de dor pós-operatória, deve-se administrar analgésicos antes ou imediatamente após a suspensão de cloridrato de remifentanila.

Deve-se também esperar o tempo necessário para que os analgésicos de longa duração atinjam o efeito máximo. A escolha do analgésico deve adequar-se ao procedimento cirúrgico e ao nível dos cuidados pósoperatórios.

CRIANÇAS DE 1 A 12 ANOS DE IDADE

Indução da anestesia Não existem dados suficientes para fazer recomendações de dosagem.

Manutenção da anestesia Orientação de dosagem para manutenção de anestesia de pacientes pediátricos (1-12 anos de idade) Infusão contínua (µg/kg/min) Agente anestésico Bolus de infusão Velocidade de concomitante (µg/kg) Velocidade inicial manutenção típica Óxido nitroso (70%) 1 0,4 0,4 a 3 Halotano (dose inicial 1 0,25 0,05 a 1,3 de 0,3 CAM) Sevoflurano (dose 1 0,25 0,05 a 0,9 inicial de 0,3 CAM) Isoflurano (dose inicial 1 0,25 0,06 a 0,9 de 0,5 CAM) Quando cloridrato de remifentanila é administrado em bolus, a infusão deve ser de no mínimo 30 segundos.

A cirurgia somente deve começar pelo menos 5 minutos após o início da infusão de cloridrato de remifentanila caso não se administre uma dose em bolus simultânea. Deve-se monitorar os pacientes pediátricos, ajustando-se a dose para a profundidade de analgesia apropriada ao procedimento cirúrgico.

Medicação concomitante Nas doses recomendadas acima, a remifentanila reduz significativamente a quantidade de hipnótico necessária para manter a anestesia. Portanto, o isoflurano, o halotano e o sevoflurano devem ser administrados de acordo com a tabela acima para evitar anestesia excessivamente profunda. Não há dados disponíveis sobre as dosagens recomendáveis para uso simultâneo de outros hipnóticos e remifentanila (vide “Posologia”, nesta seção).

Descontinuação Após a descontinuação da infusão, a finalização do efeito analgésico de cloridrato de remifentanila é rápida e similar à dos pacientes adultos. Deve-se prever a necessidade e efetuar a administração de analgésicos apropriados no período pós-operatório (vide “Posologia”, nesta seção).

NEONATOS E CRIANÇAS COM MENOS DE 1 ANO

O perfil farmacocinético da remifentanila em neonatos e crianças menores de 1 ano é comparável ao observado nos pacientes adultos após as correções das diferenças de peso corporal. Entretanto, não existem dados clínicos suficientes para estabelecer dosagens adequadas para essa faixa etária.

ANESTESIA CARDÍACA

Adultos Orientação de dosagem para anestesia cardíaca Indicação Intubação Manutenção da anestesia Isoflurano (dose inicial de 0,4 CAM) Propofol (dose inicial de 50 µg/kg/min) Continuação da analgesia pósoperatória antes da extubação Não recomendável Infusão contínua de cloridrato de remifentanila (µg/kg/min) Velocidade de infusão Velocidade inicial típica 1 - 0,5 a 1 1 0,003 a 4 0,5 a 1 1 0,01 a 4,3 Não recomendável 1 0a1 Bolus de infusão de cloridrato de remifentanila (µg/kg) Indução da anestesia Após a administração do hipnótico até o começo da perda da consciência, deve-se administrar cloridrato de remifentanila em velocidade inicial de infusão de 1 µg/kg/min. Não se recomenda a administração em bolus de cloridrato de remifentanila, durante a indução, em cirurgia cardíaca. A intubação endotraqueal só deve ser feita 5 minutos após o início da infusão.

Manutenção da anestesia Após a intubação endotraqueal, deve-se ajustar a velocidade de infusão de cloridrato de remifentanila de acordo com a condição do paciente. Doses suplementares em bolus também podem ser administradas conforme a necessidade. Para pacientes cardíacos de alto risco, como os que apresentam função ventricular deficiente, a dose máxima em bolus deve ser de 0,5 µg/kg. Essas recomendações de dosagens também se aplicam durante o bypass cardiopulmonar hipotérmico (vide “Características Farmacológicas”, o item “Propriedades Farmacocinéticas”).

Medicação concomitante Nas doses recomendadas acima, a remifentanila reduz significativamente a quantidade de hipnótico necessária para manter a anestesia.

Portanto, o isoflurano e o propofol devem ser administrados conforme a tabela acima para evitar a profundidade excessiva da anestesia. Não há dados disponíveis sobre dosagens recomendadas para uso simultâneo de outros hipnóticos com remifentanila (ver o item “Posologia”, nesta seção).

Manutenção da analgesia pós-operatória antes da extubação Recomenda-se a manutenção da infusão de cloridrato de remifentanila no nível final intraoperatório durante a transferência do paciente para a área de recuperação pós-anestésica. Ao chegar nesta área, o nível de analgesia e sedação do paciente deve ser cuidadosamente monitorado, ajustando-se a velocidade de infusão para entender as necessidades particulares do paciente.

Descontinuação Antes da descontinuação de cloridrato de remifentanila, recomenda-se a administração de agentes sedativos e analgésicos alternativos com antecedência suficiente. A escolha e a dose do analgésico devem adequarse ao nível de cuidados pós-operatórios necessários ao paciente (vide “Posologia”, nesta seção).

Recomenda-se a descontinuação da infusão de cloridrato de remifentanila reduzindo-se sua velocidade em 25%, em intervalos de pelo menos 10 minutos, até a interrupção da infusão.

Durante o desmame do ventilador mecânico, não se deve aumentar a infusão de cloridrato de remifentanila fazendo-se somente ajustes de diminuição, suplementados com analgésicos alternativos, conforme a necessidade.

Recomenda-se que alterações hemodinâmicas, tais como hipertensão e taquicardia, sejam tratadas com agentes alternativos apropriados.

Crianças Não existem dados suficientes para recomendar o uso de cloridrato de remifentanila durante cirurgias cardíacas pediátricas.

USO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Adultos O cloridrato de remifentanila pode ser usado inicialmente como monoterapia para promover analgesia e sedação em pacientes mecanicamente ventilados em unidade de terapia intensiva (UTI).

Recomenda-se que a administração de cloridrato de remifentanila seja iniciada na velocidade de infusão de 0,1 a 0,15 µg/kg/min. Essa velocidade deve ser ajustada em incrementos de 0,025 µg/kg/min até que se atinja o nível ideal de analgesia e sedação. Deve-se manter um intervalo mínimo de 5 minutos entre os ajustes de dose. O nível de analgesia e sedação deve ser cuidadosamente monitorado e reavaliado com regularidade, ajustando-se adequadamente a velocidade de infusão de cloridrato de remifentanila. Se o nível de sedação desejável não for alcançado com a velocidade de infusão de 0,2 µg/kg/min, recomenda-se a administração de um agente sedativo apropriado. Deve-se ajustar a dose do agente sedativo até obter o nível ideal de sedação. Pode-se efetuar aumentos posteriores da velocidade de infusão de cloridrato de remifentanila em incrementos de 0,025 µg/kg/min caso seja necessária a analgesia adicional.

O cloridrato de remifentanila tem sido estudado em pacientes de UTI em estudos clínicos bem controlados de até três dias. Os dados adicionais de estudos clínicos levados a efeito por períodos mais longos são limitados.

A tabela abaixo resume a velocidade de infusão inicial e a faixa típica de dosagens de analgesia e sedação para cada paciente.

Orientação de dosagem para pacientes sob terapia intensiva Infusão contínua (µg/kg/min) Velocidade inicial Faixa 0,1 a 0,15 0,006 a 0,74 Não se recomenda a administração de dose de cloridrato de remifentanila em bolus nas unidades de terapia intensiva.

O uso de cloridrato de remifentanila irá reduzir a necessidade de administração concomitante de qualquer outro agente sedativo. As dosagens iniciais típicas de agentes sedativos, se necessários, são dadas abaixo.

Dose inicial recomendada de agentes sedativos (se necessários) Agente sedativo Bolus (mg/kg) Propofol Até 0,5 Midazolam Até 0,03 Infusão (mg/kg/h) 0,5 0,03 Para efetuar o ajuste isolado dos agentes sedativos, não se deve administrá-los como mistura.

A fim de permitir o ajuste individual dos respectivos agentes, agentes sedativos não devem ser preparados como uma mistura única na mesma bolsa de infusão.

Analgesia adicional de pacientes ventilados submetidos a procedimentos estimulantes Pode ser necessário aumentar a velocidade de infusão preestabelecida de cloridrato de remifentanila para fornecer cobertura analgésica adicional a pacientes em ventilação mecânica submetidos a procedimentos estimulantes e/ou dolorosos, tais como sucção endotraqueal, troca de curativo e fisioterapia. Recomendase manter velocidade de infusão de cloridrato de remifentanila de pelo menos 0,1 µg/kg/min, no mínimo por 5 minutos, antes do início do procedimento estimulante. Deve-se fazer ajustes de doses posteriores, a cada 2 a 5 minutos e em incrementos de 25% a 50% em antecipação ou em resposta à necessidade de analgesia adicional. Para fornecer anestesia adicional durante os procedimentos estimulantes, tem-se usado a velocidade de infusão média de 0,25 µg/kg/min e máxima de 0,75 µg/kg/min.

Descontinuação Antes da descontinuação de cloridrato de remifentanila, deve-se administrar agentes sedativos e analgésicos alternativos com antecedência suficiente. A escolha do agente apropriado e das doses deve ser efetuada e implementada antecipadamente. Para assegurar a superficialização suave do regime à base de cloridrato de remifentanila, recomenda-se o ajuste da velocidade de infusão em estágios de 0,1 µg/kg/min, por até 1 hora, antes da extubação.

Após a extubação, a velocidade de infusão deve ser reduzida em decréscimos de 25%, a intervalos de no mínimo 10 minutos, até a descontinuação completa. Durante o desmame do ventilador mecânico, a infusão de cloridrato de remifentanila não deve aumentar, fazendo-se somente ajustes de diminuição, suplementados com analgésicos alternativos, conforme a necessidade.

Crianças Não estão disponíveis dados sobre o uso de cloridrato de remifentanila em pacientes pediátricos internados em UTI.

Pacientes com insuficiência renal Não é necessário ajustes das doses recomendadas acima em pacientes com insuficiência renal, incluindo aqueles em terapia renal substitutiva, internados em UTI.

POPULAÇÕES ESPECIAIS PACIENTES IDOSOS (MAIORES DE 65 ANOS)

Anestesia geral A dose inicial de cloridrato de remifentanila administrada a pacientes com mais de 65 anos de idade deve ser metade da recomendada a adultos. Como entre idosos é maior a sensibilidade aos efeitos farmacológicos deste medicamento, deve-se ajustar as doses de acordo com a necessidade individual de cada paciente. Esse ajuste de dose se aplica a todas as fases da anestesia, inclusive indução, manutenção e analgesia pósoperatória.

Anestesia cardíaca Não é necessária a redução da dose inicial (vide “Posologia”, nesta seção).

Unidade de terapia intensiva Não é necessária a redução da dose inicial (vide “Posologia”).

PACIENTES OBESOS

Recomenda-se a redução da dose de cloridrato de remifentanila para pacientes obesos com base no peso corporal, pois o clearance e o volume de distribuição da remifentanila estão mais bem correlacionados com o peso corporal do que com o peso corporal real nessa população.

PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL

Não é necessário, para os pacientes com insuficiência renal, ajuste das doses usadas em comparação à indivíduos adultos sadios, uma vez que o perfil farmacocinético da remifentanila permanece inalterado nessa população.

PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA

Não é necessário, para os pacientes com insuficiência hepática, ajuste das doses usadas em comparação à adultos sadios, uma vez que o perfil farmacocinético de cloridrato de remifentanila permanece inalterado nessa população. Entretanto, os pacientes com comprometimento hepático severo podem ser levemente mais sensíveis ao efeito depressor do sistema respiratório provocado pela remifentanila. Estes pacientes devem ser cuidadosamente monitorados, ajustando-se as doses do medicamento às necessidades de cada indivíduo.

PACIENTES SUBMETIDOS À NEUROCIRURGIA

As experiências clínicas com pacientes submetidos a neurocirurgia, embora limitadas, mostraram que não são necessárias dosagens especiais.

PACIENTES GRAU ASA III/IV

Anestesia geral Uma vez que os efeitos hemodinâmicos dos opioides potentes podem ser mais pronunciados em pacientes grau ASA III/IV, deve-se ter cautela na administração de cloridrato de remifentanila a essa população.

Recomenda-se redução da dose inicial e subsequente ajuste conforme o efeito.

Anestesia cardíaca Não é necessária a redução da dose inicial (vide “Posologia”, nesta seção).

9. REAÇÕES ADVERSAS Os eventos adversos abaixo são listados de acordo com a frequência e a classe do sistema órgão (SOC). As frequências são definidas como:

Reações muito comuns ≥1/10 Reações comuns ≥1/100 e <1/10 Reações incomuns ≥1/1.000 e <1/100 Reações raras ≥1/10.000 e < 1/1.000 Reações muito raras <1/10.000 Dados de estudos clínicos Os eventos adversos mais frequentemente observados com o uso de cloridrato de remifentanila são uma extensão direta dos efeitos farmacológicos característicos dos agonistas µ-opioides.

A incidência global de notificação, determinada a partir de todas as fases dos estudos controlados em anestesia nas doses recomendadas, é apresentada abaixo.

Essas reações adversas são revertidas minutos após a descontinuação ou a diminuição da velocidade de administração da remifentanila.

Distúrbios do sistema nervoso:

Reação muito comum: rigidez da musculatura esquelética.

Reação rara: sedação (durante período de recuperação pós-anestesia geral).

Distúrbios cardíacos Reação comum: bradicardia.

Distúrbios do sistema vascular Reação muito comum: hipotensão.

Reação comum: hipertensão pós-operatória.

Distúrbios respiratórios torácicos e do mediastino Reações comuns: depressão respiratória aguda e apneia.

Reação incomum: hipóxia.

Distúrbios gastrointestinais Reações muito comuns: náusea e vômito.

Reação incomum: constipação.

Distúrbios do tecido cutâneo e subcutâneo Reação comum: prurido.

Distúrbios gerais e condições do local de administração Reação comum: tremores no período pós-operatório.

Reação incomum: dores pós-operatórias.

Dados do período pós-comercialização Os eventos adversos e frequências listadas abaixo foram determinados a partir de notificações recebidas durante a pós-comercialização:

Distúrbios do Sistema Imunológico:

Reações raras reações alérgicas, incluindo anafilaxia foram relatadas em pacientes recebendo remifentanila em associação a um ou mais agentes anestésicos.

Distúrbios cardíacos:

Reações raras: parada cardíaca/assistolia geralmente precedida de bradicardia foi relatada em pacientes recebendo remifentanila em associação a um ou mais agentes anestésicos.

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

10. SUPERDOSE Sinais e sintomas Como ocorre com todos os analgésicos opioides potentes, as manifestações de superdosagem da remifentanila são uma extensão de seus efeitos farmacológicos previsíveis.

Devido à ação muito curta de cloridrato de remifentanila, o potencial de efeitos nocivos causados pela superdosagem limita-se ao período imediatamente posterior à administração da droga. A resposta à descontinuação do medicamento é rápida, com retorno à condição basal em 10 minutos.

Tratamento No caso de superdosagem ou suspeita de superdosagem, deve-se tomar as seguintes medidas: interromper a administração de cloridrato de remifentanila, manter as vias respiratórias desobstruídas, iniciar ventilação assistida ou controlada com oxigênio e manter a função cardiovascular em níveis adequados. Se houver depressão respiratória associada com rigidez muscular, pode-se aplicar um bloqueador neuromuscular para facilitar a respiração assistida ou controlada. É possível também utilizar fluidos intravenosos ou agentes vasopressores além de outras medidas apropriadas de suporte.

Um antagonista opioide, como a naloxona, pode ser administrado por via IV como antídoto específico no controle da depressão respiratória severa e da rigidez muscular. É pouco provável que a depressão respiratória subsequente à superdosagem tenha duração mais prolongada que a da ação do antagonista opioide.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

III - DIZERES LEGAIS

Reg MS N.º 1.0298.0414 Farmacêutico Responsável: Dr. José Carlos Módolo - CRF-SP nº 10.446 CRISTÁLIA – Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.

Rodovia Itapira-Lindóia, km 14 - Itapira - SP CNPJ nº 44.734.671/0001-51 Indústria Brasileira SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente): 0800 701 19 18

USO RESTRITO A HOSPITAIS ATENÇÃO: ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA FÍSICA OU PSÍQUICA.

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA COM NOTIFICAÇÃO DE RECEITA “A”.

R_0414_04 Dados da submissão eletrônica Data do N° Expediente Assunto Expediente 01/12/2022 . . . . . . . . 13/05/2022 2722460220 30/03/2021 1218880/21-8 11/02/2020 0427881/20-0 23/07/2019 0643387/19-1 10452 - GENÉRICO - Notificação de Alteração de Texto de Bula - RDC 60/12 10452 - GENÉRICO - Notificação de Alteração de Texto de Bula - RDC 60/12 10452 - GENÉRICO - Notificação de Alteração de Texto de Bula - RDC 60/12 10452 - GENÉRICO - Notificação de Alteração de Texto de Bula - RDC 60/12 10452 - GENÉRICO - Notificação de Anexo B Histórico de alteração da bula Dados da petição/notificação que altera a bula Data do Data de N° Assunto Expediente Expediente aprovação Dados das alterações de bulas Versões Apresentações Itens de bula (VP / VPS) relacionadas

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5. Advertências e precauções 8. Posologia e modo de usar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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4. O que devo saber antes de usar este medicamento?

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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VP

3. Quando não devo usar este medicamento?

4. O que devo saber antes de usar este medicamento?

6. Como devo usar este medicamento?

8. Quais os males que este medicamento pode me causar?

9. O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste medicamento?

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3. Características farmacológicas 4. Contraindicações 5. Advertências e precauções 6. Interações medicamentosas 8. Posologia e modo de usar 9. Reações adversas 10. Superdose Itens alterados para adequação à Bula Padrão de ULTIVA (Aspen), publicada no Bulário Eletrônico da Anvisa em 04/02/2022.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.Reações Adversas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Correção ortográfica

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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . I – Identificação do medicamento

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2 mg e 5 mg, Pó liófilo para solução injetável 2 mg e 5 mg, Pó liófilo para solução injetável 2 mg e 5 mg, Pó liófilo para solução injetável 2 mg e 5 mg, Pó liófilo para solução injetável 2 mg e 5 mg, Pó liófilo para solução Alteração de Texto de Bula - RDC 60/12 04/05/2015 0385635/15-6 10459 – GENÉRICO – Inclusão Inicial de Texto de Bula – RDC 60/12 9.Reações Adversas injetável III-Dizeres Legais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Adequação à Bula Padrão do medicamento referência ULTIVA® (GlaxoSmithKline), publicada no Bulário Eletrônico da Anvisa em 14/11/2014, e conforme RDC 47/09.

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